Ministra da Saúde fala num "dia tranquilo" após a declaração de requisição civil

Marta Temido aponta o risco de "danos irreparáveis na saúde dos cidadãos" para justificar necessidade da declaração de requisição civil dos enfermeiros.

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Miguel Manso

A ministra da Saúde disse estar satisfeita com os efeitos da requisição civil decretada face à greve dos enfermeiros, declarando que esta sexta-feira "foi um dia tranquilo" e que foram cumpridos os serviços mínimos nos hospitais abrangidos.

"Os processos e o trabalho dos enfermeiros decorreram na normalidade", disse Marta Temido aos jornalistas na sede do Ministério da Saúde, em Lisboa, defendendo que a requisição civil decretada é "o último recurso mas é um recurso que existe nos termos do nosso direito para o incumprimento dos serviços mínimos”.

A ministra justificou a decisão com o facto de ter sido constatado que "neste segundo período de greve dos enfermeiros, de 31 de Janeiro a 5-6 de Fevereiro, alguns hospitais não estavam a cumprir os serviços mínimos", nomeadamente "adiamentos e a não realização de algumas intervenções cirúrgicas podiam criar danos irreparáveis na saúde dos cidadãos".

Cerca de 1500 cirurgias terão sido adiadas desde 31 de Janeiro.

A requisição civil está em vigor até 28 de Fevereiro, último dia da segunda greve cirúrgica dos enfermeiros abrangendo o Centro Hospitalar e Universitário de S. João, o Centro Hospitalar e Universitário do Porto, o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga e o Centro Hospitalar de Tondela-Viseu.

Marta Temido disse ainda desconhecer qualquer pedido de intimação nos tribunais por parte dos enfermeiros no sentido de suspender a requisição civil.

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