Ceferin garante que "não haverá Superliga europeia"

"Nos próximos anos, vamos atacar as regras do fair play financeiro, para estabelecer um equilíbrio no futebol europeu", disse Ceferin, no discurso de confirmação.

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no discurso de tomada de posse no 43.º congresso anual da UEFA EPA/FABIO FRUSTACI

O esloveno Aleksander Ceferin foi reeleito esta quinta-feira presidente da UEFA para os próximos quatro anos, no 43.º congresso anual do organismo de cúpula do futebol europeu, numa eleição em que era candidato único.

O advogado, de 51 anos, foi reeleito por aclamação, em Roma, onde decorre o congresso, depois de todas as 55 federações terem aprovado e aplaudido a eleição.

O sétimo presidente da UEFA assumiu o cargo em Setembro de 2016, em substituição do francês Michel Platini, banido pelo Comité de Ética da FIFA devido a irregularidades financeiras.

"Nos próximos anos, vamos atacar as regras do fair play financeiro, para estabelecer um equilíbrio no futebol europeu", disse Ceferin, no discurso após ter sido confirmado, em que mencionou vários objectivos e desafios para o próximo mandato.

Antes, Ceferin já tinha afirmado rejeitar o plano da FIFA de remodelar o Mundial de clubes e criar uma Liga das Nações global, que envolve verbas acima dos 25 mil milhões de euros, destacando que somou erros e dúvidas ao longo dos dois anos e meio no cargo, porque "um líder sem dúvidas é um líder iludido e perigoso".

Ceferin garante que não haverá Superliga europeia​

Outra das promessas que o esloveno fez em Roma foi a protecção da Liga dos Campeões contra a perspectiva de formação de uma Superliga europeia. Aleksander Ceferin disse que enquanto liderar o organismo "não haverá Superliga" na Europa, pretendendo continuar a proteger a Liga dos Campeões de futebol.

"Enquanto liderarmos estas duas organizações, não haverá Superliga. Isso é um facto", disse o esloveno, que lembrou ainda que a intenção de quebrar com o modelo já tinha surgido em 2016, quando assumiu o cargo, por uma série de clubes de elite.

O dirigente considerou ainda que os clubes que saíssem da Liga dos Campeões iam "perder o estatuto nos corações das pessoas" e ficariam "com apenas o passado como verdadeiramente grande", pedindo aos clubes para se afirmarem contra a ganância.

No mesmo discurso, Ceferin anunciou ainda não querer ser um "'yes man' que leve outros líderes à queda", referindo-se ao plano do presidente da FIFA, Gianni Infantino, de injectar mais de 25 mil milhões de euros para transformar o Mundial de clubes e criar uma Liga das Nações global.

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