Marcelo e Rio compareceram no funeral do pai de Passos Coelho

Várias figuras do PSD estiveram esta manhã no último adeus a António Passos Coelho.

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António Passos Coelho morreu esta segunda-feira aos 92 anos Manuel Roberto

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, juntou-se esta terça-feira às centenas de pessoas que participaram no último adeus ao médico pneumologista e antigo presidente da Assembleia Municipal de Vila Real, António Passos Coelho, pai do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Várias figuras do PSD, incluindo o líder Rui Rio, compareceram nas cerimónias fúnebres: Miguel Relvas, antigo braço direito do ex-primeiro-ministro; Assunção Esteves, ex-presidente da Assembleia da República; Castro Almeida, actual vice-presidente do PSD; Guilherme Silva, antigo vice-presidente da Assembleia da República; Almeida Henriques, presidente da Câmara de Viseu; e outros autarcas, deputados e dirigentes locais sociais-democratas.

O Presidente da República esteve presente na missa de corpo presente do médico, que exerceu a profissão durante 60 anos, realizada ao final desta manhã na Igreja do Calvário, no centro da cidade de Vila Real. “Era uma figura excepcional, foi excepcional em Angola e aqui, era um verdadeiro senador”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado enalteceu o médico, pai do antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerando que “era uma figura muito respeitada, muito querida, porque era um médico sempre acessível e foi até praticamente ao fim da sua vida”. “Foi um exemplo de serviço da comunidade, um grande exemplo”, frisou. Marcelo contou ter estado com António Passos Coelho várias vezes.

“Esteve décadas aqui ao serviço da comunidade e, como digo, quase até ao fim da sua vida, sempre com uma juventude de espírito e com um espírito de dedicação total aos seus doentes, mas não só, ele interessava-se pela vida da comunidade. Isso é notável”, salientou.

Além de Rui Rio, estiveram na cerimónia os ex-líderes parlamentares sociais-democratas Luís Montenegro e Hugo Soares, o ex-ministro Miguel Macedo, mas também Marco António Costa (ex-porta-voz da comissão permanente do PSD), o líder do partido Aliança, Pedro Santana Lopes, e o eurodeputado socialista Francisco Assis.

Nascido em 1926, em Vale de Nogueiras (Vila Real), António Passos Coelho foi médico pneumologista, tendo passado pelo Caramulo, de onde foi para Angola, primeiro como responsável luta antituberculosa no distrito do Bié e depois como director do Hospital - Sanatório de Luanda.

Depois de regressar a Vila Real, foi director de hospital e abriu um consultório.

Foi militante de base do PSD, presidente da Comissão Política Distrital e presidente da Assembleia Municipal, eleito pelos sociais-democratas e, em Julho de 2003 foi agraciado com a medalha de ouro de mérito municipal. 

Ao longo do seu percurso de vida escreveu vários livros, entre poesia contos ou romance, nomeadamente “Gente da minha terra" e "Histórias selvagens", "Material humano" "Caramulo", "Zélia", "Angola, amor impossível", "Memórias do Céu e Inferno" ou "Delírio Rimado".

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