Espinho investe 7,5 milhões em ciclovias e beneficiação de paragens de autocarro

O município irá criar uma rede de ciclovias e beneficiar 129 paragens de autocarro, de modo a promover a utilização de meios de deslocação mais sustentáveis.

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O município de Espinho viu aprovado financiamento comunitário para projectos de mobilidade urbana na ordem dos 7,5 milhões de euros, revelou esta terça-feira a autarquia, que irá assim criar uma rede de ciclovias e beneficiar 129 paragens de autocarro.

Ambos os projectos integram o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano local e pretendem equilibrar a afectação do espaço público a diversos modos de transporte, de forma a potenciarem a utilização de modos de deslocação mais saudáveis e sustentáveis.

Para o vice-presidente da Câmara Municipal, Vicente Pinto, trata-se de "reforçar o uso de formas de mobilidade mais amigas do ambiente em circuitos que cobrem os principais eixos da cidade, desde a fronteira com Vila Nova de Gaia até ao campo de golfe e desde o mar até à entrada nas auto-estradas A29 e A41".

Combinando percursos cicláveis e pedonais, por um lado, e melhorando a atractividade do transporte colectivo, por outro, o autarca espera aumentar os índices de utilização desses dois modelos de mobilidade, "reduzindo o uso do automóvel individual e, consequentemente, as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera".

No caso das ciclovias, está em causa a construção de 7,5 quilómetros de piso sinalizado para bicicletas em quatro zonas da cidade de Espinho, com recurso a quase sete milhões de euros, dos quais 3,2 comparticipados por fundos comunitários.

Visando complementar a via ciclável que já existe entre a Rua 32 e a praia, numa extensão de cerca de um quilómetro, o projecto vai implicar quatro empreitadas: a reabilitação da Rua 33 e da Rua da Nave até ao Centro Escolar de Anta; o arranjo da Rua 20 entre a Rua 33 e a entrada norte da cidade, até ao concelho de Gaia; a requalificação da Rua 19, desde a Rua 22 até à rotunda de entrada na A29 e na A41; e a reabilitação da zona norte do concelho, entre a Rua 20 e a área actualmente em obras para requalificação da superfície do canal ferroviário subterrâneo.

A escolha das ruas a intervencionar prende-se com o objectivo de ligar alguns dos principais equipamentos escolares, culturais e desportivos da cidade à zona mais comercial e central de Espinho, aproveitando o que Vicente Pinto aponta como "as excelentes condições naturais do território no que se refere ao uso da bicicleta", nomeadamente a sua topografia plana e em malha ortogonal.

Já no que se refere às paragens de autocarro, o objectivo do vice-presidente da Câmara é melhorar a sinalização, estética e conforto de 109 abrigos e 20 totens dispersos pelas várias freguesias do concelho.

"Queremos dotar a cidade de uma rede de paragens mais funcional, com interfaces localizados em pontos estratégicos, uma vez que os existentes são em número reduzido e sem as condições de conforto e acessibilidade necessárias", explica.

Com esse investimento de quase 530.000 euros, comparticipado em 450.000, a intenção é melhorar a organização e distribuição das paragens, aumentar o conforto das que incluem abrigo e assim promover a organização funcional do território.

Vicente Pinto acredita que resultará "um acréscimo do uso do transporte público e uma melhoria da imagem da cidade, com vantagens para a vivência urbana e para o turismo sustentável".

A primeira fase de construção da rede de ciclovias deverá arrancar no segundo semestre de 2019 para a obra global ficar pronta num prazo de três anos. Já a beneficiação das paragens deverá começar em Setembro e concluir-se em 12 meses.

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