Reabilitação das muralhas de Campo Maior é a maior obra patrimonial no Alentejo

Esta obra conta com um investimento de 5 milhões de euros e é a maior obra de recuperação patrimonial alentejana.

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Pedro Cunha

O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, destacou esta sexta-feira que "a maior obra" de recuperação de património em curso no Alentejo, com apoio de fundos comunitários, está a ser realizada nas muralhas de Campo Maior, no distrito de Portalegre.

"Esta é a maior obra de recuperação de património das que foram aprovadas no Alentejo 2020. Aprovámos quase 60 milhões de euros de investimento e aqui estão cinco milhões de euros de investimento aprovado", referiu.

Falando aos jornalistas à margem de uma visita às obras de requalificação das muralhas de Campo Maior, que terminam no final deste ano, o governante disse que os trabalhos vão permitir a "devolução" do património aos portugueses.

"É uma devolução deste património à vila de Campo Maior e aos portugueses, porque ela [a muralha] esteve, por condições de ocupação ilegal, durante muito tempo sem poder ser usufruída pelos habitantes ou pelas populações que procurassem Campo Maior", observou.

Segundo o ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, a obra "está integrada num grande projecto" de reabilitação urbana e de valorização cultural de Campo Maior, que inclui ainda a construção do Museu das Festas do Povo, também apoiado por fundos comunitários.

Cerca de 220 pessoas viveram durante décadas em condições precárias junto às muralhas de Campo Maior, tendo sido realojadas em 2016 numa outra zona da vila.

O projecto de recuperação das muralhas prevê, entre outras acções, a criação de um percurso pedonal iluminado entre o Mártir Santo (igreja situada no interior das muralhas) e o Museu Aberto de Campo Maior, zona onde vai ser também construído o Museu das Festas do Povo.

Em Campo Maior, além de visitar as obras de requalificação das muralhas, Pedro Marques participou na sessão de assinatura de um contrato para a expansão da empresa Hutchinson, na zona industrial.

A unidade fabril, que conta com mais de 700 postos de trabalho permanentes e temporários, espera, depois de expandir a unidade, criar mais 150 empregos na vila alentejana.

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