Portugal ficou mais longe de Madrid

Encontro de pares será decisivo para perceber se Portugal ainda tem hipóteses de lutar pelo apuramento para a fase final da Taça Davis.

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João Sousa LUSA/IGOR KOVALENKO

Alexander Bublik não irá esquecer a sua estreia na Taça Davis. O tenista cazaque, nascido há 21 anos na Rússia, realizou uma exibição de enorme maturidade para surpreender João Sousa, na eliminatória de qualificação para a fase final da Taça Davis, que decorrerá em Madrid. Depois, o mais experiente Mikhail Kukushkin confirmou o favoritismo e colocou o Cazaquistão na frente (2-0) e mais perto do apuramento. Embora os cazaques contem com somente uma derrota (em 2013) nas eliminatórias realizadas em casa nos últimos 10 anos, Rui Machado não dá Portugal como derrotado e já pensa nos pares, que abrem a jornada de sábado.

“Não era o resultado que esperávamos no Cazaquistão, numa casa difícil, onde eles têm um histórico muito favorável. Mas todos os encontros são importantes e o de pares, na Taça Davis, é sempre fundamental. Estamos focados para ganhar em pares e, isso acontecendo, a eliminatória fica completamente em aberto. O 2-0 agora parece pesado, mas com 2-1 já será completamente diferente”, afirmou o capitão luso.

Do alto dos seus 1,96m, Bublik (171.º ATP) esteve muito sólido a servir, anulando os quatro break-points que enfrentou e somando 25 ases durante as duas horas e 25 minutos do encontro, que terminou com os parciais de 6-7 (1/7), 6-4 e 6-4. “É um grande jogador, estou muito orgulhoso da minha vitória. O João estava a jogar muito bem, mas o meu serviço ajudou-me muito; ele estava a ‘matar-me’ do fundo do court”, admitiu o cazaque, que não abanou após ceder o set inicial, onde foi totalmente dominado no tie-break. O ponto de viragem aconteceu a 3-3 do segundo set, quando Sousa (39.º) trocou palavras com a claque adversária e acabou por ser o primeiro a ceder um break.

“Ele hoje foi melhor do que eu. Foi muito forte no serviço. Acho que nunca me tinham feito tantos ases na minha vida, inclusive no segundo serviço. Não consegui também jogar ao meu melhor nível. Depois de um primeiro set muito renhido, levei a melhor. Na segunda partida, tive algumas oportunidades, mas não consegui concretizar e, após uma quebra de concentração, ele passou para a frente. Começou a jogar melhor e ganhou mais confiança”, explicou o número um português.

O desequilíbrio foi ainda maior no segundo singular. Pedro Sousa (101.º) não dispôs de qualquer break-point e cedeu diante de Mikhail Kukushkin (55.º), em 62 minutos: 6-2, 6-0. O número dois português lesionou-se durante o encontro e, após o encontro, deslocou-se a um hospital de Astana para melhor avaliar a extensão da lesão.

Este sábado (6h00 em Portugal), João Sousa volta ao court ao lado de Gastão Elias para defrontarem Aleksandr Nedovyesov e Timur Khabibulin. Em caso de vitória lusa, Sousa medirá forças com Kukushkin e, se a eliminatória ficar empatada, haverá um derradeiro e decisivo singular.

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