País de Gales entra a ganhar no Torneio das Seis Nações

No jogo de estreia da 125.ª edição da competição de râguebi, os galeses bateram a França no Stade de France.

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Os galeses aproveitaram os erros franceses no Stade de France Reuters/GONZALO FUENTES

Como aperitivo da 125.ª edição do Torneio das Seis Nações não foi grande coisa. No jogo de estreia da centenária competição de râguebi, a França chegou ao intervalo com 16 pontos de vantagem sobre o País de Gales, mas mesmo sem realizar uma grande exibição no Stade de France, os britânicos aproveitaram os muitos erros franceses nos últimos 40 minutos para saírem de Saint-Dennis com uma importante vitória: 19-24.

Foram 80 minutos sob chuva constantes, com duas partes totalmente diferentes e, no final, ganhou a equipa que cometeu menos erros. Em ano de Mundial, a França confirmou no Stade de France que é uma selecção com mais problemas do que soluções e permitiu que o País de Gales mantenha intactas as esperanças de vencer o Seis Nações de 2019.

Com um calendário favorável – vai receber em Cardiff as favoritas Irlanda e Inglaterra -, o País de Gales realizou uma primeira parte para esquecer (16-0 para os franceses ao intervalo), mas dois brindes do “XV de France” revelaram-se decisivos.

No sétimo minuto da segunda parte, Josh Adams furou com facilidade a defesa da França e ofereceu a Tomos Williams o primeiro ensaio dos britânicos. Pouco depois, um erro enorme do experiente Yoann Huget (largou a bola em cima da linha de ensaio) foi aproveitado por George North, que agradeceu para marcar um ensaio fácil.

Em cima da hora de jogo, uma penalidade de Dan Biggar colocou o País de Gales pela primeira vez na frente (16-17), mas quase de seguida Camille Lopez aproveitou uma falta conquistada pelo “pack” francês para recolocar a França a vencer (19-17). Porém, as ofertas dos gauleses ainda não tinham terminado: a nove minutos do fim, North interceptou um passe muito denunciado de Vahaamahina e só parou na linha de meta. Pela segunda vez, os franceses ofereciam um ensaio ao ponta dos Ospreys, permitindo que o País de Gales, mesmo sem convencer, entrasse a ganhar no Seis Nações (19-24).

Neste sábado, disputam-se os outros dois jogos que completam a 1.ª jornada. A partir das 14h15, no Estádio de Murrayfield, em Edimburgo, a Escócia recebe a Itália e os escoceses, que concluíram as duas últimas edições com três triunfos – desde 1927 que a Escócia não consegue um trio de vitórias em três anos consecutivos -, são claramente favoritos contra a Itália.

Os britânicos, comandados por Gregor Townsend, voltarão a ter como núcleo-duro as duas principais equipas escocesas (12 dos 15 titulares jogam no Edinburgh Rugby ou nos Glasgow Warriors), enquanto do lado italiano o técnico irlandês Conor O’Shea vai lançar de início nove jogadores do Benetton Rugby. No entanto, o líder dos “azzurri” continua a ser Sergio Parisse, capitão do Stade Français.

Pouco depois de terminar o duelo entre escoceses e italianos, começa o confronto que terá, certamente, um peso decisivo na definição do torneio de 2019: Em Dublin, no Aviva Stadium, a partir das 16h45, Irlanda e Inglaterra, as únicas selecções que venceram o torneio nos últimos cinco anos, medem forças pela 123.ª vez na competição.

Detentora do título e sem derrotas em casa na prova desde que o neozelandês Joe Schmidt assumiu o comando técnico, a Irlanda terá um par de médios de inegável experiência e qualidade (Johnny Sexton e Conor Murray), enquanto e Robbie Henshaw voltará a jogar a defesa. A Inglaterra contará com o regresso de Manu Tuilagi, mas o técnico australiano Eddie Jones terá uma missão muito complicada: os ingleses perderam seis dos últimos sete jogos que realizaram em Dublin no Seis Nações.

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