Guaidó diz que forças especiais da polícia estiveram em sua casa à procura da sua mulher

"O objectivo é gerar medo, mas não o conseguiram", afirmou o líder da oposição que a Assembleia Nacional proclamou como Presidente interino da Venezuela.

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Guaidó apresentou nesta quinta-feira o seu "plano país", uma espécie de programa de Governo Reuters/CARLOS GARCIA RAWLINS

Juan Guaidó, que a Assembleia Nacional venezuelana designou Presidente interino do país, afirmou nesta quinta-feira que as forças especiais da polícia venezuelana se deslocaram à casa da sua família para procurar a sua mulher.

Guaidó marcou para esta quinta-feira uma conferência de imprensa para apresentar o seu “plano de país”, uma espécie de programa de Governo para a Venezuela.

Mas a declaração mais relevante surgiu já no final da intervenção, onde afirmou que as Forças de Acção Especial da polícia venezuelana (FAES) estiveram em sua casa à procura da sua mulher.

"A FAES está em minha casa, perguntando por Fabiana (a sua mulher). Neste momento a ditadura acha que nos vai amedrontar", afirmou Guaidó na sua intervenção.

"Neste momento a FAES está no meu domicílio, na minha casa familiar. Responsabilizo o cidadão Nicolás Maduro pela integridade da minha filha (que tem 20 meses de idade) que ali se encontra", escreveu também no Twitter. Guaidó, que o Parlamento Europeu reconheceu esta quinta-feira como Presidente interino da Venezuela, informou que se iria dirigir a casa e pediu a diplomatas que o acompanhassem.

Mais tarde, já à porta de casa, acompanhado da mulher e da filha, e depois dos agentes da polícia se terem retirado, Guaidó garantiu que as autoridades "não vão intimidar" a sua família. Pediu ainda aos militares para que não passem as "linhas vermelhas", afirmando que há coisas "sagradas", tais como a família.

"O objectivo é gerar medo, mas não o conseguiram", acrescentou, citado pelo El País.

Os Estados Unidos, que já reconheceram Guaidó como Presidente interino, avisaram que qualquer tentativa do regime de Nicólas Maduro em atingir o líder da Assembleia Nacional terá "consequências sérias".

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