Explosões em catedral católica nas Filipinas fazem 20 mortos

O ataque ainda não foi reivindicado, contudo as autoridades suspeitam do grupo extremista Abu Sayyaf, um grupo islâmico que prometeu lealdade ao Estado islâmico.

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LUSA/PEEWEE BACUNO

Vinte pessoas morreram e 19 ficaram feridas neste domingo na ilha de Jolo, no Sul das Filipinas, na sequência da explosão de duas bombas em frente a uma catedral católica.

A primeira bomba explodiu à entrada da catedral durante uma missa dominical, seguida de uma segunda explosão fora do complexo, explicaram as autoridades.

Entre os mortos e feridos estão soldados e civis, informou o chefe da Polícia Nacional das Filipinas, Oscar Albayalde.

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"Ordenei que as tropas aumentassem o nível de alerta e para proteger todos os lugares de culto e lugares públicos e vamos adoptar medidas de segurança para impedir planos hostis", disse o secretário de Defesa, Delfin Lorenzana, num comunicado.

A ilha de Jolo há muito que é alvo de ataques do grupo radical islâmico Abu Sayyaf.

O ataque deste domingo ainda não foi reivindicado, contudo as autoridades suspeitam do Abu Sayyaf, que jurou lealdade aos jiadistas do Daesh.

Fundado em 1991 por alguns ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a antiga União Soviética, são atribuídos ao Abu Sayyaf alguns dos mais sangrentos atentados dos últimos anos nas Filipinas e vários sequestros com os quais se financia.

O grupo foi responsabilizado pelo pior ataque terrorista no país, quando uma explosão e incêndio a bordo de um ferry, ao largo de Manila (a capital filipina), causou a morte de mais de cem pessoas.

O ataque deste domingo acontece uma semana depois de mais de dois milhões de filipinos da maioria muçulmana no Sul do país, onde se inclui a ilha de Jolo, terem participado num referendo para tornar esta região mais autónoma, como solução para acabar com cinco décadas de conflito.

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