Queda simulada de C 130 causa "agitação" no Alto Minho

Foram tantas as chamadas que receberam, alertando para a eventual queda de um avião, que os bombeiros fizeram um esclarecimento à população.

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Enric Vives-Rubio/Arquivo

Um treino militar, com um Hércules C 130 da Força Aérea Portuguesa, accionou esta sexta-feira meios de socorro a acidentes aeronáuticos de vários corpos de bombeiros e causou "alguma agitação" na população do Alto Minho.

O primeiro comandante operacional distrital (CODIS) de Viana do Castelo, Marco Domingues, adiantou à Lusa que o exercício "causou alguma agitação nas populações de alguns concelhos como Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Paredes de Coura, com relatos de um avião a sobrevoar a região a muito baixa altitude".

O responsável pela protecção civil no distrito de Viana do Castelo referiu "terem sido accionados os procedimentos próprios de um acidente aeronáutico, entretanto suspensos".

"A Força Aérea, ao ter conhecimento de que tinham sido desencadeados esses procedimentos, informou o Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), que nos comunicou que se trataria de um exercício militar", explicou Marco Domingues.

O comandante dos bombeiros voluntários de Arcos de Valdevez, Filipe Guimarães disse ter tido "necessidade de, através das redes sociais, fazer um esclarecimento à população, tantas foram as chamadas que caíram no quartel alertando para a eventual queda de um avião".

"As pessoas ficaram alarmadas com um avião daquele porte a voar tão baixo e com o barulho ensurdecedor que o avião daquele tamanho faz", explicou.

Filipe Guimarães acrescentou que o alerta para "um acidente aéreo, com queda de um Hércules C 130 da Força Aérea Portuguesa", chegou à corporação, cerca das 10h30, "primeiro via 112 e depois pelo CDOS de Viana do Castelo".

"Accionámos de imediato duas viaturas, com cinco operacionais para a zona da União de Freguesias de Arcos de Valdevez (Giela e Arcos São Paio), zona urbana do concelho, para localizar colunas de fumo, que não conseguimos identificar. Quando preparava um novo reforço, com mais duas viaturas fomos informados de que se tratava de um exercício militar", especificou.

O responsável adiantou que "foram ainda accionados os corpos de bombeiros de Ponte da Barca e Monção".

"Na realidade foi avistado um avião militar a sobrevoar Arcos de Valdevez a baixa altitude e a largar um imenso fumo negro. Desconhece-se se houve falta de uma comunicação prévia da realização do referido exercício por parte dos promotores ou se isto também serviu para testar a nossa operacionalidade a nível local e distrital. Importa esclarecer a população que, nada de grave aconteceu e que se tratou apenas de um exercício simulado", escreveu Filipe Guimarães na publicação efectuada na sua página pessoal no Facebook.

Contactada pela Lusa, a Força Aérea escusou-se a comentar a situação.

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