Emissão de dívida perpétua do BCP teve procura superior à oferta

Procura foi superior a 160% dos 400 milhões de euros previstos. Operação foi colocada “num conjunto muito diversificado de investidores institucionais europeus”.

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BCP quer reforçar a sua base de capital Sebastião Almeida

A procura da dívida perpétua emitida pelo Millennium BCP atingiu “mais de 160% da oferta”, de acordo com a instituição financeira liderada por Miguel Maya.

Em comunicado divulgado ontem à noite, o BCP defende que a dimensão da procura, e a “celeridade com que a operação foi executada”, atestam a capacidade do banco “aceder com sucesso aos diversos segmentos do mercado de capitais internacional”. A liquidação está calendarizada para o próximo dia 31 de Janeiro.

A emissão de dívida perpétua corresponde a 400 milhões de euros, e, apesar de não ter um prazo definido, permite o reembolso antecipado pelo banco a partir do final do quinto ano, com uma taxa de juro de 9,25% durante os primeiros cinco anos.

O alvo foram clientes qualificados, contactados para o efeito em encontros que se realizaram em Lisboa, Paris e Londres (na operação estiveram envolvidos, além do BCP, o Credit Suisse Securities, o J. P. Morgan e o UBS Investment Bank).

A operação, diz o banco, “foi colocada num conjunto muito diversificado de investidores institucionais europeus”.

A estratégia da instituição financeira com esta operação passa pelo reforço dos seus fundos próprios, uma vez que estas obrigações podem funcionar como dívida subordinada, se tiverem o aval do regulador (podendo ser classificada como instrumento de fundos próprios de nível 1). Para o BCP, a estratégia serve ainda para o “fortalecimento” da sua presença no mercado de capitais.

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