Sílvio: “Se não tiver mais lesões, estou bem para ainda ter uma carreira”

Sílvio, ex-internacional português e antigo jogador do Benfica, está agora no Vitória de Setúbal. Ao PÚBLICO falou sobre as constantes recuperações das lesões graves que teve e deste seu regresso à competição.

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Sílvio Nuno Ferreira Monteiro

Com saudades do futebol e de tudo o que o envolve, Sílvio acabou o treino no estádio do Bonfim, em Setúbal, e veio logo à porta ter com o jornalista e o fotógrafo do PÚBLICO para falar sobre o seu regresso aos relvados. Ainda não inscrito na Liga pelos sadinos, o defesa lateral, oito vezes internacional por Portugal e que passou, entre outros clubes, pelo Benfica, Sporting de Braga, Atlético de Madrid e Wolverhampton, fez uma reflexão sobre os tempos que passou lesionado, os treinadores que conheceu e a cidade inglesa que lhe deixa alguma mágoa.

Depois de duas operações ao joelho esquerdo e uma à perna direita, Sílvio, que tem no seu currículo três campeonatos nacionais, três Taças da Liga, uma Taça de Portugal, uma Taça do Rei, uma Liga Europa e uma Supertaça europeia, esteve a primeira metade desta temporada sem jogar e explica como recuperou a forma até assinar com o V. Setúbal. A recuperação a fazer agora pelo jogador que teve “poucas lesões, mas duras”, é a da “alegria de jogar”, para além e ajudar o emblema orientado por Lito Vidigal.

Já está aqui em Setúbal a treinar há dois meses, como é que isso aconteceu?

Estava livre desde Maio quando saí do Sp. Braga. Desde então apareceram propostas de clubes da I Liga e lá de fora. Fiquei sempre à espera que surgisse alguma coisa melhor. As pessoas que estavam comigo diziam que ia surgir. Fui sempre rejeitando esses clubes, mas fiz mal, tomei más decisões, porque não apareceu a proposta que eu mais queria. O mercado e os plantéis foram fechando e eu fiquei sem contrato até que surgiu esta hipótese. Entretanto, fui treinar com um amigo meu, que é personal trainer, praticamente desde até agora. Pelo meio tive a jogar com o meu irmão numa equipa em que ele joga, em Lisboa. Não conta para nada, estava lá a correr para não ficar parado. Depois fui treinar para o Oriental, onde o treinador é o José António Pereira, que foi meu treinador no Odivelas [em 2007/08], é muito amigo e deixou-me lá treinar. Agradeço-lhe muito por ter feito isso por mim. Quando estava por lá, apareceu a hipótese de vir a Setúbal treinar. Aqui viram isso com bons olhos e queriam ver como estava fisicamente. Sentia-me bem e sabia que ia assinar contrato. Estava preparado, treinei muito estes meses todos. Cheguei aqui, gostaram do meu empenho e assinei.

Portanto, está tudo bem já há algum tempo…

Sentia-me totalmente recuperado. A última lesão que tive foi em Novembro de 2017, estava ainda no Wolverhampton. Parti o primeiro, o segundo e o terceiro metatarso do pé. Foi azar. Não foi uma lesão pequena, foi de cinco meses.

Teve várias lesões em várias fases da carreira. Quer no Atlético de Madrid e no Benfica, onde muita gente se lembra de ter festejado uma Taça da Liga de muletas. Falhou a ida ao Mundial 2014 quando era opção… Qual era o sentimento comum nesses períodos?

Sabia que era opção. Como já disse, nunca fui um jogador de muitas lesões, mas das que tive levei muito tempo a recuperar. Praticamente um ano e pouco, e não uma época, para me sentir bem da perna direita. O pé no Wolverhampton foram cinco meses. No Atlético tive uma lesão que recuperei em dois meses, voltei a treinar, mas estive de Janeiro a Abril sempre a treinar-me com dores e sem força na perna e no joelho. Foram poucas lesões, mas em tempos cruciais de época. No Atlético lesionei-me em Novembro com o Europeu [em 2012] nessa época. Quando me lesionei pensei que era um estiramento. Dois meses depois sabia que não estava bem e veio a confirmar-se. Fui operado em Abril ao joelho. Acabou. Estava nas contas do mister Paulo Bento, mas acabou por ir o Miguel Lopes [actualmente no Akhisar, na Turquia]. Na época seguinte continuei no Atlético, mas sou emprestado em Janeiro ao Deportivo da Corunha. Correu tudo muito bem e até marquei dois golos. Depois vou para o Benfica, sempre emprestado, e correu tudo muito bem. Tive um problemazito no joelho ao início, fui operado ao menisco, mas nada de especial, foi um mês, nem conta. Depois encaixei na equipa do mister Jorge Jesus e sentia-me bem tanto à esquerda como à direita da defesa. Fui pré-convocado para a selecção e quase de certeza que ia ao Mundial [em 2014]. Lesionei-me em Abril, um mês e tal antes.

Joga tanto à esquerda como à direita e falou da selecção. Com a experiência que já tem e os jogadores que jogam nessa posição por Portugal, o que acha que é preciso para jogar nesse sector?

Portugal teve durante muitos anos essa carência em termos de laterais, mais ao lado esquerdo. Temos agora muitos de qualidade e de top mundial e que nem estão a ser chamados. Agora, na direita, há o João Cancelo, o Cédric Soares e ainda há o Nélson Semedo e o Ricardo Pereira que também é fortíssimo. Na esquerda, o Kevin Rodrigues e o Raphäel Guerreiro. Todos têm defendido bem e atacam ainda melhor. Hoje em dia não basta ser um defesa, tem de se ser um lateral moderno que dinamiza e dê continuidade o ataque. São as características que têm de ter.

Quando soube que ia mesmo assinar com o V. Setúbal, o que é que o treinador Lito Vidigal lhe disse para desempenhar nesse lugar?

Querem mais uma opção para a defesa, tanto para a direita como para a esquerda. Há carência em termos de laterais no Vitória pelo problema que o Nuno Pinto tem e vai ultrapassar. Não tarda ele vai voltar porque é forte. Estou a gostar do meu trabalho e o clube também tem gostado. Apesar do tempo que estive afastado, nunca parei e acho que trabalho bem, sempre fui assim ao longo da minha carreira e aqui não será excepção.

Voltando às lesões… Pergunto-lhe como é que passou esses momentos? Sentiu que precisava de apoio psicológico?

Considero-me um jogador e uma pessoa forte mentalmente. Nunca precisei de apoio psicológico. Tinha apoio da família em Madrid, mesmo vivendo sozinho. Estava a namorar, mas não era casado com a minha mulher com quem tenho dois filhos. Ela, o meu irmão e a minha mãe estavam em Lisboa, mas iam lá ter comigo várias vezes. O apoio psicológico é por aí: as pessoas que te rodeiam. Os amigos, família e mesmo dos colegas e treinador. Sempre fui acarinhado por todos nas equipas que passei e nunca me senti sozinho.

Por outro lado, já chegou a admitir que fez algumas escolhas erradas. O que queria realmente dizer com isso?

Foi o que disse há pouco. Ultimamente sempre esperei pela melhor oferta, aquela que achava que merecia e rejeitei outras coisas. Antes tinha aquilo que queria. Não pensei duas vezes quando surgiu a oportunidade de ir para o Atlético de Madrid na minha primeira passagem em Braga. Apareceram clubes a querer pagar mais, mas foquei-me no Atlético. No Deportivo a escolha foi minha porque queria jogar mais e estava lá o mister Domingos Paciência. O Benfica veio depois. Era a minha casa e foi uma opção fácil. Agora, se tivessem aparecido as propostas desses clubes tinha sido mais fácil e aceitaria, mas não vieram. Fui ficando um pouco frustrado, ‘por que é que não aceitei aquela equipa?’ questionava. São escolhas que se fazem e riscos que se correm.

O que gostou mais de Espanha e daquele pouco tempo em Inglaterra?

Adorei Espanha e as duas cidades em que estive: Madrid e Corunha. Mais Madrid, também estive lá mais tempo e considero a minha segunda casa. Vou lá todos os anos, gosto muito, adoro a maneira como os espanhóis vivem e o futebol. É muito bem jogado, bola no chão, é o que eu gosto. Foi onde mais gostei de estar. Em Inglaterra gostei muito das pessoas. Sempre me trataram bem, mas não me adaptei por uma razão. As coisas não correram bem. Cheguei lá sem pré-época, a treinar-me muito forte com a equipa e no final de Agosto já estavam a competir. Entrei lá e não gosto de dizer que me dói aqui ou ali e rompi logo no terceiro ou quarto dia. Fiz uma rotura aqui [a apontar para a coxa direita] que nunca tinha tido. Tive um mês e tal parado. Depois comecei a treinar-me outra vez, mas já estava lá outro treinador. Saiu o Walter Zenga, veio o Rob Edwards como interino e depois o Paul Lambert. Voltei, tudo muito bem, mas depois parti o pé em Novembro. Só voltei em Abril e fiz dois jogos.

Jogou alguns jogos com os sub-23 do Wolverhampton. Porquê?

Lá é normal. Quando se vem de lesão, sejas novo ou velho, tens que ir rodar um jogo aos sub-23. Fiz mais alguns. Regressei à equipa principal perto do final da época. Depois do último jogo estava a acabar contrato e queriam renovar comigo, mas não me sentia bem… feliz. Estava habituado ao tempo aqui e a Madrid. Lá às 15h e tal já é de noite, não me adaptei. Mas se me arrependi depois? Um bocado. Ali é futebol e é vivido de maneira diferente.

O que acha sobre este tratamento a futebolistas mais novos, em que já lhes é feita pressão, enquanto um jogador entre os 28-31 anos, como é o seu caso, já é tendencialmente considerado “acabado”?

Acho que numa equipa sénior é preciso haver um misto de juventude com maturidade e experiência. Se houver só jogadores experientes, se calhar a equipa não tem tanta dinâmica como se tivesse só com jogadores mais jovens. Mas se tiver cheia de jogadores jovens, dificilmente irá ganhar alguma coisa porque falta aquela experiência do jogador mais velho. Na equipa B do Sp. Braga era mesmo isso que sentia. Havia muita qualidade, mas falta de maturidade. O treinador era e ainda é o Wender e sabe disso. Está numa equipa de seniores, são homens, mas novinhos, em fase de aprendizagem. Há que ter paciência com os erros que cometem. Eu mesmo já estava lá com 30 anos e não andava a refilar com os miúdos todos. É normal, faz parte. Quando tinha a idade deles era bom, acho que era bom, mas também cometia erros e levava na cabeça dos mais velhos. Antes não sabia porquê, mas agora já sei.

Quando estava no escalão de juniores foi treinado no Benfica por Rui Vitória. O que já via nele nessa altura?

Gostei muito de trabalhar com ele. Tive os dois anos de júnior com o Rui Vitória. O primeiro ano correu muito bem. Eu e toda a minha geração de 86/87 lembra-se daquele último jogo contra o Sporting. No Benfica acho que só eu é que singrei, mas no Sporting havia Nani ou Miguel Veloso. São um ano mais velhos do que eu, mas todos jogámos esse jogo. O Rui Vitória é um homem excelente e impecável com quem mantenho uma relação muito boa. Correu tudo muito bem, uma época muito boa, tirando o último jogo onde não fomos campeões nacionais. O segundo ano foi mais atribulado, o Rui Vitória foi embora perto do final da época. As coisas já não correram bem, juntavam-se muitos jogadores estrangeiros e imaturidade. Não funcionou e nem passámos à última fase. Depois o Rui Vitória foi para o Fátima e depois para uma série de equipas sempre a fazer grandes trabalhos. Chegou ao Benfica com mérito próprio e fez um grande trabalho. Nos últimos dois anos as coisas não correram tão bem e quem entendeu decidiu mudar esse aspecto e funcionou. A equipa está com mais ânimo.

Portanto, já via que Rui Vitória era um bom gestor de pessoas?

Sim, sempre gostei muito dele desde as camadas jovens. Estive sempre emprestado pelo Atlético de Madrid quando estive no Benfica. Na altura, depois do último ano do Jesus, não sabia se ia ficar no ano seguinte. Mas por ele [Rui Vitória] eu devia ficar e fiquei feliz. O que aconteceu depois já não foi culpa dele…

Então deve haver mais diferenças que semelhanças entre Rui Vitória e Jorge Jesus…

Completamente diferente. Não tem nada a ver, é da noite para o dia, não falando mal de nenhum até porque foram dos treinadores com quem aprendi e me marcaram mais. Jorge Jesus é um homem muito inteligente a nível táctico e conhecimento do jogo, foi do melhor que encontrei. Diria, a meu ver, melhor que o Diego Simeone no Atlético de Madrid. Já o Rui Vitória tem o método dele, o que acha mais correcto, e ganhou dois campeonatos pelo Benfica, uma Taça de Portugal no V. Guimarães e como homem é fantástico. Encontram-se poucas pessoas no futebol como ele.

E o que vê agora a acontecer entre estes dois na Arábia Saudita?

Sinceramente, acho que se vão dar bem. Saíram de maneiras diferentes dos seus clubes. O Jorge Jesus saiu da maneira que nós sabemos e, ao início, sempre que atacava o Benfica, acabava por atacar Rui Vitória. Mas são dois portugueses, duas boas pessoas. Tudo o que aconteceu entre eles já passou. A primeira oportunidade que tiverem de se encontrar e falar, eu acho, que vão almoçar. Têm tudo para se dar bem.

Noutra sua experiência, voltando a Wolverhampton, sentia que aquilo ia resultar como se tem visto na Liga Inglesa com muitos portugueses? É uma cidade industrial e o dia-a-dia é pensado no futebol…

Por isso é que não me correu tão bem e não me adaptei. A maioria dos jogadores, quando sai do país e vai para uma cidade que não gosta, dirá que jogando futebol tudo passa. Estamos felizes a fazer isso. Wolverhampton não é uma cidade bonita, não é bela e não tem muita vida. A partir das 16h da tarde, os cafés estão todos fechados e estamos sempre em casa praticamente. Assim, lesionado e a não jogar, tendo uma cidade daquelas… Aquilo é considerado uma das cidades de Inglaterra com maior número de depressões. Eu nunca tive uma depressão mas tive momentos em que perguntava o que estava aqui a fazer. Mas tinha contrato e queria dar a volta por cima, mas quando isso aconteceu a época já estava a acabar.

E o que está a achar do desempenho desta equipa do Wolverhampton, com imensos portugueses?

Na altura eu sentia que aquilo tinha de dar certo. As pessoas que pegaram no clube eram sérias e muito competentes: a Gestifute e o grupo Fosun. No meu ano eu comecei a ver que não era naquele ano. Troca de treinador, não correu bem ao início…. mas depois começou. Sinto-me um bocado arrependido por não ter renovado na altura, porque depois as coisas surgiram. Mas quando me apresentaram não sabia que o treinador Nuno Espírito Santo ia para lá e mais jogadores portugueses. Pensava que ia ficar tudo na mesma.

E depois foi para a equipa B do Sp. Braga…

Não logo a seguir. Estive de Maio [de 2016] até Janeiro [de 2017] sem competir. Fui para o Sp. Braga no final desse mês. Lá está, novamente a pensar que não ia aparecer nada. Fui para Braga com a ideia de jogar na equipa B e passar para o plantel principal, mas isso não surgiu.

Via aí alguma base para o Sp. Braga que temos visto actualmente?

Havia qualidade na equipa B do Sp. Braga, apesar de a época não ter corrido tão bem e garantirmos a manutenção na II Liga. Havia imaturidade, jogadores muitos novos e uma II Liga não é assim tão fácil como um campeonato sub-23 que agora temos. Uma equipa jovem com miúdos de 17 aos 20 anos contra equipas de nome mais pequeno, mas jogadores muito batidos dos 25 aos 30 anos não era fácil. A II Liga é muito competitiva e não é uma liga fácil.

Cruzou-se lá com o Abel Ferreira?

Sim. Uma ou duas vezes, a equipa principal treinava num campo mais abaixo da equipa B e a horas diferentes.

E dava-se bem com o presidente António Salvador?

Sim, tive e tenho uma boa relação com ele e respeito muito as pessoas de Braga. Mas não pensava que ia fazer uma época toda no Sp. Braga B e ficar sem contrato. Falava-se que não iam renovar com o Marcelo Goiano, mas acabaram por renovar e contratar outros laterais. Percebi perfeitamente que não ia fazer falta ali, mas amigos na mesma. Decidi continuar com a minha vida e agora estou aqui em Setúbal.

Portanto, vem recuperar tempo perdido…

Claro que se perdeu tempo. Nos últimos três anos competi uma época. Esta temporada só vou começar a competir agora, na anterior foi igual, claro que se perde tempo e se anda um bocado para trás.

Então era indiferente ter perdido uma época toda apenas?

Ia dar ao mesmo. E se quer que lhe diga, não fui um jogador que sofreu tanto ou passou tão mal neste tempo em que não competi. Estou em Lisboa, tenho a família, tenho coisas para tratar a não ser o futebol. Coisas que foram surgindo na minha carreira sem ser isto. Tenho andado a tratar questões físicas que não estavam tão bem quando estava a jogar. Não me sentia tão bem fisicamente desde que voltei.

E essa vida paralela já lhe vai permitindo pensar quando termina a carreira?

Eu estou na idade de jogar. Um jogador com a minha idade tem o dobro dos jogos que eu tenho. Não me sinto cansado, estou bem. Tenho 31 anos mas não tenho tantos jogos jogados por causa das lesões que tive. Não penso no fim. É até onde a cabeça aguentar e o corpo também. Há jogadores que metem aquela meta dos 34 anos, mas eu não.

Há alguns jogadores da sua idade ou mais velhos que voltaram a jogar na I Liga. Aqui no V. Setúbal temos o Ruben Micael, no Tondela o Ricardo Costa [ambos ex-FC Porto] ou até o Nani, no Sporting. Que avaliação faz desse fenómeno?

Uma coisa é certa: não estão nesses clubes por dinheiro e eu também não. É bom para os clubes terem jogadores como eles, experientes e com inteligência para estabilizar equipas, como também é bom para eles manterem ritmo competitivo. Tenho 31 anos mas sinto-me com 27. Se não tiver mais lesões acho que duro e estou bem para fazer ainda uma carreira.

E é para durar no V. Setúbal? O que pensa para esta época?

Sim. Penso em fazer o maior número de jogos possíveis. Assinei para uma época e meia. Vim para cumprir o meu contrato e pensar só no Vitória. Não digo isto para ficar bem com os adeptos. Só penso nisso e relançar a minha carreira aqui. Ajudar nos objectivos do clube e depois logo se vê. Jogando as pessoas voltam a falar. Quero ajudar o Vitória e a mim próprio. Recuperar os anos e a alegria de jogar.

Aqui o objectivo continua a ser a manutenção?

Sim. Até há uns tempos para cá a equipa estava bem. Até recebermos o Benfica tudo parecia estar tranquilo e não lhes demos tarefa fácil. Mas depois houve muita perturbação extra que não devia ter existido [notícias que alegavam salários em atraso no V. Setúbal] e que não sei se coincidem com a verdade. Depois meteu-se o problema do Nuno Pinto, que mexeu muito com a equipa e os resultados não têm aparecido. O objectivo, neste momento, é a manutenção e a equipa vai conseguir rapidamente, começar a ganhar. Não temos jogado mal e corrido menos do que os outros, falta o golo.

São esses os pontos fortes da equipa?

O ponto forte é o grupo que é muito bom e unido. Corre e luta muito durante o jogo. Com o que a equipa produz e trabalha, a pontinha de sorte vai voltar.

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