Jerónimo vai confrontar Costa com "segurança" e CTT no debate quinzenal

O debate será aberto pelo PCCP, seguindo-se o PSD, o PS, o BE, o CDS-PP, Os Verdes e o deputado único do PAN.

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Jerónimo de Sousa Rui Gaudêncio

O líder comunista abre na sexta-feira o segundo debate parlamentar quinzenal do ano com o primeiro-ministro, confrontando António Costa com temas como "serviços e forças de segurança", em semana de violência urbana, e eventual renacionalização da empresa CTT.

Segundo fonte do PCP, Jerónimo de Sousa abordará o encerramento de postos de correio pelo país e as deficiências de meios humanos e suas carreiras, além de dificuldades materiais e logísticas, na segurança interna, após dias de violência e confrontos entre PSP e moradores do bairro da Jamaica (vale de Chícharos, Seixal) e protestos contra o racismo da autoridade e actos de vandalismo na Grande Lisboa e Setúbal.

O líder do PCP, que também deverá interrogar o primeiro-ministro em relação às "prestações sociais", dispõe do tempo regimental de seis minutos, a partir das 10:00, para questionar o chefe do Governo minoritário socialista, viabilizado através de posição conjunta com PCP, BE e PEV, e Costa tem igual período para ir replicando, num debate com mais de hora e meia de duração prevista.

Depois do PCP, a palavra caberá ao maior partido da oposição, PSD, com nove minutos, o mesmo tempo de que gozará em seguida o PS. Seguir-se-ão BE (sete minutos), CDS-PP (6.30), "Os Verdes" (três) e, finalmente o deputado único do PAN, com um minuto e meio à disposição.

Além da violência urbana e dos CTT, na discussão devem marcar presença temas como a auditoria recente à gestão da Caixa Geral de Depósitos e as recorrentes falhas no sector da saúde, especialmente por parte da oposição, PSD/CDS-PP, através do líder parlamentar, Fernando Negrão, e da presidente democrata-cristã, Assunção Cristas.

Há 14 dias, no último debate quinzenal, o sector dos cuidados de saúde e a nova estrutura aeroportuária complementar no Montijo foram os temas dominantes na discussão entre os diversos protagonistas políticos no hemiciclo de São Bento.

António Costa, perante as críticas, defendeu que o investimento possível está a ser executado no Serviço Nacional de Saúde, à medida das possibilidades, e lamentou a "campanha da direita" contra os serviços públicos.

O primeiro-ministro frisou ainda que não há um 'plano B' caso o estudo de impacto ambiental chumbe a opção da localização do novo aeroporto no Montijo.