Cartas ao director

Benfica-FC Porto

Não está em causa a vitória do FCP, até porque é uma equipa que neste momento está muito mais coordenada do que esta ‘novo’ Benfica e esta nova forma de jogar introduzida pelo treinador Bruno Lage (4-4-2). Neste Benfica-Porto deu realmente para perceber que o treinador do Benfica sabe muitíssimo de futebol, que sabe explicar futebol aos espectadores como eu, e que sobretudo arrisca, preocupando-se mais em ganhar e valorizar o espectáculo.  Além de recuperar e dar oportunidade a grandes jogadores que pareciam esquecidos no plantel do Benfica — o caso de Samaris, Gabriel, ou Rafa — , agora sentimos fibra e vontade de jogar futebol. 

Perdemos a Taça da Liga, mas como benfiquista acho que não temos de estar preocupados, pois mesmo com os cinco pontos de diferença ainda vamos ter surpreendentes alegrias com esta equipa do Benfica. Presidente Vieira, dê um jeito e venham daí alguns reforços, não é preciso serem estrelas! Quanto à polémica tenho algumas coisas a dizer: se o árbitro tivesse validade o golo, não existiria polémica nenhuma. Em primeiro lugar, em benefício da dúvida — e mesmo com o VAR, que não deixa dúvidas — e penso que é assim que mandam as regras, há que validar o golo, pois ele é o espectáculo do futebol. E certamente até nem haveria grandes reclamações dos jogadores ou do banco do FCP.  Não vou dizer que se o golo tivesse sido validado no final da primeira parte e com um resultado 2-2, a vitória final seria do Benfica. Viva o futebol. Viva o Benfica e…viva o FCP também, por nos proporcionarem jogos desta qualidade, sobretudo para quem gosta de futebol e está completamente fora dessas questões da arbitragem.

José Vieira Mendes, Lisboa

Um aviso ao Governo

Os confrontos na baixa de Lisboa entre alguns moradores do bairro da Jamaica e as autoridades policiais, nove carros incendiados e o ataque à esquadra da Bela Vista com bombas incendiárias são um sério aviso ao Governo de António Costa. Quem diria que a baixa lisboeta estivesse a ferro e fogo durante algumas horas? O chefe do Governo não deve estar tão confiante com a paz podre que se vive nos bairros sociais de Lisboa. Aí residem cidadãos íntegros e exemplares. Não é fácil a vida de um agente da autoridade. Não é fácil patrulhar certas zonas problemáticas. Não é fácil manter a ordem pública. Contudo, a violência policial contra alguns moradores do bairro da Jamaica, no Seixal, foi despropositada. Atenção, senhor primeiro-ministro. Isto é um aviso do que poderá estar para vir. Portugal não tem “coletes amarelos”, mas tem bairros sociais revoltados.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

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