Filmes de amor

Não é preciso gostar de futebol para vibrar com a série Sunderland 'Til I Die. Aliás até ajuda se não se gostar porque o futebol que se vê é pouco e de pouca qualidade.

Não é preciso gostar de futebol para vibrar com a série Sunderland 'Til I Die. Aliás até ajuda se não se gostar porque o futebol que se vê é pouco e de pouca qualidade. O que se vê é a maneira como a esperança consegue convencer os seres humanos a acreditar em tudo.

Os realizadores são fãs do Sunderland e, como tal, conseguiram falar com toda a gente. Acompanharam o Sunderland durante os meses mais dramáticos dos últimos anos. Não posso falar no que acontece porque, lá está, a melhor maneira de se emocionar com a série é não sabendo nada sobre o Sunderland ou sobre o futebol inglês.

Acima de tudo não vá ver como está o Sunderland agora. Os realizadores dão-nos toda a informação que precisamos para sermos constantemente surpreendidos.

Quando acabou continuei na Netflix para ver Bobby Robson: More Than A Manager. No espírito generoso de Robson os entrevistados - José Mourinho, Alex Ferguson, Ronaldo, Pep Guardiola - falam dele com mestria, ternura e originalidade. José Mourinho é extraordinário a defendê-lo com inteligência e consideração. Como bónus temos o espectáculo das infinitas variações capilares e indumentárias de Mourinho antes de se tornar um style icon.  

Quem não se lembra (ou nunca soube) o que aconteceu à Inglaterra nos Mundiais de futebol é muito beneficiado porque a história é muito bem e economicamente contada. Vemos, por exemplo, os penáltis da Inglaterra na meia-final com a Alemanha em 1990, só através das expressões na cara de Robson.

Tanto a série como este filme foram feitos com amor.

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