"Cada um trata do seu" partido, diz António Costa

Secretário-geral do PS sempre se recusou a comentar a recente crise no PSD.

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LUSA/ANTONIO PEDRO SANTOS

O primeiro-ministro, António Costa, recusou-se nesta sexta-feira a comentar a crise interna PSD, afirmando que "cada um trata do seu" partido.

"Sobre os outros partidos, não opino. Cada um trata do seu", afirmou António Costa, questionado pelos jornalistas sobre a crise interna do PSD.

António Costa falava aos jornalistas, em Mortágua, distrito de Viseu, antes da cerimónia de assinatura do contrato para a empreitada de requalificação do troço do IP3, entre os nós de Penacova e Lagoa Azul.

Há uma semana, o antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro desafiou Rui Rio a convocar eleições directas antecipadas e assumiu disponibilidade para se candidatar à liderança do partido.

Rio rejeitou o repto de antecipar as eleições - completou no domingo metade do seu mandato, um ano - mas pediu ao órgão máximo do partido entre Congressos – o Conselho Nacional – que renovasse a confiança na sua Comissão Política Nacional, o que aconteceu.

Na madrugada desta sexta-feira, foi aprovada a moção de confiança à sua direcção, que recolheu cerca de 60% dos votos do Conselho Nacional.

A reunião, que arrancou pelas 17h30 de quinta-feira, num hotel no Porto, e estendeu-se por quase onze horas.

O interior e o Verão

Em Mortágua, António Costa também afirmou que o país não se pode lembrar do interior só no Verão: "É fundamental que todos nos mobilizemos para esta causa, porque não nos podemos lembrar do interior só quando chegamos ao Verão e a tragédia dos incêndios alerta o país para o abandono destas regiões e para a dependência excessiva" desses territórios, relativamente à fileira florestal, disse.

O primeiro-ministro disse também que o Governo tem criado condições para que "a revitalização do interior não seja uma soma de palavras, mas que possa traduzir-se num conjunto de actos que transformem efectivamente o território".

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