Joana Marques Vidal será oradora nas Conferências do Estoril

Evento muda-se para o campus da Nova School of Business and Economics, em Carcavelos.

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Miguel Manso

A antiga procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, será oradora nas Conferências do Estoril, que decorrem no final de Maio, em Carcavelos. Também a Nobel da Paz Rigoberta Menchú, o ex-presidente da Bolívia Carlos Mesa, o jornalista e director do jornal venezuelano El Nacional, Miguel Otero, estarão presentes neste evento que concentra dezenas de debates e conferências. O anúncio foi feito esta quinta-feira por Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, num evento em que apresentou os principais acontecimentos a decorrer em 2019 naquela vila.

Entre os primeiros nomes anunciados constam ainda os de Edmund Phelps, Nobel da Economia em 2006, e Svetlana Alexiévitch, Prémio Nobel da Literatura em 2015. Este ano, será o campus da Nova School of Business and Economics, em Carcavelos, que de 27 a 29 de Maior acolherá o evento onde se quer discutir as "desigualdades" e os "problemas do mundo", frisou Miguel Pinto Luz. 

"As conferências do Estoril são um espaço de liberdade, onde nós gostamos de colocar o dedo na ferida, questionar o que vai mal no mundo, encontrar soluções, colocar no mesmo espaço de debate pessoas diferentes, visões diferentes do mundo, porque só nessa diferença nós encontraremos as soluções", explicou o autarca. 

Em Novembro, a organização tinha já anunciado alguns nomes que estarão presentes nas conferências, entre os quais o de Ahmad Nawaz, um jovem de 17 anos que sobreviveu a um ataque terrorista na escola que frequentava no Paquistão em 2014 e lhe matou o irmão e 132 colegas. O que passou fê-lo tornar-se activista pelo direito à educação porque deixou de acreditar que as armas vão derrotar os extremistas: "Eles sabem que o futuro de uma sociedade está nas escolas”. 

A jornalista norte-americana Anne Applebaum, cujo trabalho sobre os gulag, o sistema de campos de concentração na União Soviética, lhe valeu o reconhecimento com o Prémio Pulitzer de não-ficção em 2004, estará presente, assim como o empresário e activista anti-apartheid Saki Macozoma. 

Também o oficial do exército da antiga Alemanha Oriental Ichrald Jäger, que era o responsável pelo posto de controlo de Berlim Oriental na Bornholmer Strasse, em 1989, partilhará as suas histórias. Indo contra ordens superiores, ordenou que o portão daquele posto fosse aberto e então se encontrassem as duas “Alemanhas”. 

A activista iraquiana Farida Kalaf, a activista austríaca e responsável da organização Women Without Borders, Edith Schaffer, e o ministro da Justiça e dos direitos humanos da Argentina, Gérman Garavano, serão outros oradores presentes.

No total, a organização estima que esta edição contará com 58 horas de debate e 900 participantes de 73 nacionalidades reunidos no campus da Nova School of Business and Economics.

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