Cartas ao director
O monte negro
Não fiquemos escandalizados com o que está a acontecer no PSD, onde a ambição desmedida, o ego de um homem se sobrepõe aos interesses do partido, porque já aconteceu ao PS, em 2014, quando António Costa considerou a vitória de António José Seguro nas eleições europeias de "poucochinha" e o afastou da liderança. Costuma dizer-se que qualquer cópia é pior do que o original, ainda para mais feita por alguém que foi durante muito tempo líder parlamentar, uma caixa de ressonância dos quatro piores anos das nossas vidas. O monte é negro, sombrio como aqueles anos da troika e o caminho para as legislativas de Outubro é colado a um abismo, mas Rui Rio vai escalá-lo e olhá-lo de frente pois já defrontou de tudo: caciques, maníacos do futebol, "notáveis" da cidade do Porto, pseudo forças vivas do Norte e agora uma espécie de mistura de Passos Coelho com José Relvas.
Emanuel Caetano, Ermesinde
O que Montenegro devia saber
Os fieis do PSD não são em número suficiente para o partido voltar ao poder. Logo é preciso convencer aquela faixa de eleitores (nos quais me incluo) que não são fiéis a nenhum partido a votar nele, Montenegro.
Ora votar num homem que disse "os portugueses estão pior, mas o país está melhor" não lembra ao diabo. Oh diabo, pensava eu que o país eram os portugueses
Quintino Silva, Paredes de Coura
Em que dedo o Aliança vai entrar?
A direcção do PSD, pela voz de Elina Fraga, acusou Luís Montenegro de ser "leviano, ambicioso e egoísta”. O Partido Socialista tem dois aliados de peso: Luís Montenegro e o Aliança, de Pedro Santana Lopes. Quem diria que seria do interior do PPD/PSD que dois "coelhões" iriam minar a estratégia do “caçador” Rui Rio. Estou curioso em saber qual o peso eleitoral do Aliança. Servirá de contrapeso para a formação de uma maioria parlamentar? Em que dedo o Aliança vai entrar? A luta pelo poder no PSD está amarga. Mas, senhoras e senhores, a política é mesmo assim. O PSD mais parece um circo em itinerância.
Ademar Costa, Póvoa de Varzim