Glass: é um herói ou vilão?
Já alguma vez sonhou ser um super-herói? “Glass” acaba de chegar aos cinemas portugueses e convida-o a lutar com três conhecidas personagens super-humanas num explosivo thriller.
Seja bem-vindo ao mundo dos heróis e vilões reais. Agarre-se à cadeira porque, durante duas horas, vai viver um intenso thriller com uma pitada de terror (e q.b. de mistério), assente no mundo da banda desenhada onde as personagens têm poderes superiores às forças humanas e se dividem entre o bem e o mal. Esta não é uma edição limitada mas uma história de origem, realizada por M. Night Shyamalan, que junta as narrativas de dois dos seus maiores sucessos originais – “O Protegido”, de 2000, da Touchstone Pictures e “Fragmentado”, de 2016, da Universal. Agora, ambos colidem num terceiro filme que foi cuidadosamente pensado há mais de dezassete anos.
Chama-se “Glass” e completa a trilogia que esteve durante muito tempo sob segredo com a participação dos reconhecidos actores Bruce Willis, Samuel L. Jackson e James McAvoy. Se não está a par do enredo, não se preocupe: a história deste novo filme é autónoma e não o vai deixar com olhos grandes e pontos de interrogação em cima da sua cabeça — excepto por todas as reviravoltas, lutas e acrobacias surpreendentes de um filme de super-heróis. Tudo começa com o inquebrável David Dunn (Bruce Willis) a perseguir a figura super-humana de “a Besta” que veste a pele de Kevin Wendell Crumb e as suas duas dúzias de personalidades (James McAvoy).
Após uma série de encontros desenfreados, ambos acabam presos num hospital psiquiátrico com Elijah Price, também conhecido pelo seu pseudónimo Mr. Glass (Samuel L. Jackson). É aí que começam a ser vigiados pela Dra. Ellie Staple (a vencedora de um Globo de Ouro Sarah Paulson), uma especialista que desenvolveu um tratamento eficaz para curar o distúrbio dos indivíduos que acreditam ser super-heróis. Mas o jogo do gato e rato não termina aqui. As expectativas aumentam com um argumento assinado igualmente por M. Night Shyamalan, onde diversas perguntas emergem sobre as fraquezas e veracidade das conquistas dos super-heróis. Serão os super-poderes, tal como vemos nas bandas desenhadas, um delírio de grandeza particular?
O thriller mais aguardado
Com sobrenaturalidade, o filme rouba todas as atenções desde o primeiro minuto e merece mais do que cinco estrelas. Pelo meio, os vilões unem-se e vão deixá-lo colado ao ecrã com interpretações de cortar a respiração. O diálogo foi meticulosamente aprimorado para deixar o público com as emoções à flor da pele. Já para não falar da fantástica banda sonora que transforma “Glass” no thriller mais aguardado do ano.
A juntar-se ao elenco de luxo está Spencer Treat Clark, Charlayne Woodard e Anya Taylor-Joy que regressam aos seus papéis de filho de Dunn, mãe de Price e a única sobrevivente de A Besta, respectivamente. Este culminar fascinante dos seus blockbusters mundiais é produzido por Shyamalan e por Jason Blum, da Blumhouse Production, que também produziu os dois filmes anteriores do escritor/realizador para a Universal. Em território português, o derradeiro filme será distribuído pela Walt Disney Studios Motion Pictures através do selo Buena Vista International.
Será que as histórias dos super-heróis são verdadeiras? Os dons extraordinários existem mesmo? Quais são os heróis e vilões que vão sobreviver? A verdade é que alguns de nós são mais do que humanos, não morrem com tiros e conseguem entortar aço como se tivessem saído de uma banda desenhada. As respostas imperdíveis emergem com segredos escuros, aventura e suspense, num cinema perto de si. Até lá, não perca o trailer.
