Gestão de Sérgio Conceição obrigou o FC Porto a horas extras

Os “dragões” sentiram muitas dificuldades em Matosinhos, mas afastaram o Leixões da Taça de Portugal com um golo no prolongamento.

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O FC Porto sentiu muitas dificuldades em Matosinhos LUSA/FERNANDO VELUDO

Até ao minuto 78, parecia que as experiências (Mbemba a defesa direito) e as poupanças (Casillas, Militão, Soares, Brahimi e Marega fora dos titulares) não iam comprometer o essencial (apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal), mas a gestão de Sérgio Conceição obrigou o FC Porto a horas extras. No Estádio do Mar, os “dragões” até marcaram cedo (Herrera, aos 11’), mas um grande golo de Zé Paulo adiou a decisão da eliminatória entre Leixões e FC Porto para o prolongamento, no qual os portistas conseguiram o golo do triunfo aos 118’, por Hernâni.

A 2 de Dezembro, no Estádio do Bessa, Hernâni foi a última aposta de Conceição e precisou de sete minutos para assumir o papel de herói portista, ao marcar no minuto 95 o golo que garantiu ao FC Porto a vitória no derby frente ao Boavista. Um mês e 13 dias depois, a menos de cinco quilómetros de distância do Estádio do Bessa, Hernâni voltou a ser talismã para os portistas num duelo com um clube vizinho.

Com Danilo e Maxi lesionados no “clássico” contra o Sporting, Conceição promoveu em Matosinhos mais alterações do que seria expectável: dos habituais titulares, apenas Felipe, Alex Telles, Herrera e Corona jogaram de início. No entanto, logo aos 11’, a qualidade de Herrera colocou os portistas na frente: após uma recepção excelente, o mexicano atirou com classe a bola para o fundo da baliza matosinhense.

Apesar de Mbemba na direita não convencer e de no ataque Adrián, André Pereira e Fernando Andrade mostrarem muito pouco, o FC Porto foi gerindo o jogo com relativa tranquilidade e o regresso de Pepe — 12 anos depois, fez o 90.º jogo com a camisola portista — parecia destinado a terminar com uma vitória curta, mas justa. Só que, no minuto 78, a estratégia de Conceição meteu água: contratado este mês após rescindir com a Académica, Zé Paulo bateu Fabiano com um remate colocado de fora da área e adiou a decisão da eliminatória para o prolongamento.

Com a ameaça da “lotaria” do desempate por penáltis a pairar no Estádio do Mar, Conceição lançou Soares e Marega. E o jogo mudou. Com o domínio absoluto, os “dragões” empurraram o Leixões para dentro da sua área, e, aos 100’, Soares marcou, mas o golo foi (mal) anulado por fora- de-jogo do brasileiro — na Taça não há videoárbitro.

A pressão manteve-se, mas Luís Ribeiro foi segurando o empate, até que, no minuto 118, Hernâni estava no sítio certo e fez o golo que garantiu ao FC Porto a vitória e a discussão com o Sp. Braga de um lugar na final da Taça de Portugal.

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