Al-Attiyah continua em modo gestão, Brabec recupera liderança

O príncipe qatari não arrisca muito e continua a caminho de mais um triunfo no Dakar. Quintanilla teve um mau dia e desceu para quinto da geral.

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Reuters/CARLOS JASSO

Ao sétimo dia do Dakar peruano, nada mudou nos automóveis e tudo voltou a mudar nas motas. Líder desde o primeiro dia, condição que perdeu apenas uma vez, Nasser Al-Attiyah (Toyota) voltou a cumprir mais uma etapa sem acelerar demasiado, apenas o suficiente para gerir a vantagem de quase meia hora sobre o seu concorrente mais próximo, que passou a ser Stéphane Peterhansel (Mini), depois dos problemas eléctricos no Peugeot de Sébastien Loeb. Nas motos, o norte-americano Ricky Brabec (Honda) recuperou o primeiro lugar perdido no dia anterior, graças a uma prestação regular e a um péssimo dia do anterior líder, Pablo Quintanilla (Husqvarna).

Este foi mais um dia em que Sébastien Loeb voltou a entrar ao ataque. O francês entrou com tudo no percurso de 323km a começar e a acabar em San Juan de Marcona, e ia bem lançado para ganhar mais uma etapa (já venceu três este ano), mas sofreu com problemas eléctricos no seu Peugeot aos 49km e esteve 39 minutos parado. O nove vezes campeão de WRC seria apenas 11.º do dia, a quase meia hora de Stéphane Peterhansel, o mais rápido da etapa sete, seguido dos espanhóis Nani Roma e Carlos Sainz.

Com o azar de Loeb, o francês recordista de vitórias no Dakar (13) subiu à vice-liderança, mas está bastante longe do líder Nasser Al-Attiyah, que foi o quarto do dia, a 11m58s de Peterhansel. O príncipe do Qatar assumiu a liderança do rali logo no primeiro dia, e só no segundo é que não teve esse estatuto, continuando a manter uma distância saudável para a restante concorrência para poder garantir em Lima a sua terceira vitória na prova (ganhou em 2011 e 2015).

“Conseguimos aproximar-nos um bocadinho do Nasser, mas o ritmo continua muito alto para ir em busca do primeiro lugar. Na verdade, não merecemos estar em primeiro, porque ele também fez uma bela etapa e não cometeu um único erro”, admitiu Peterhansel, que está a 29m16s de Al-Attiyah. “Perdemos dez minutos, mas ainda temos 30 de vantagem. Veremos o que podemos fazer nos próximos três dias”, disse, por seu lado, o piloto da Toyota.

Nas motos, categoria na qual a competição está bem mais renhida, o lugar cimeiro voltou a ser de Ricky Brabec, que foi o terceiro melhor do dia, a 6m30s do britânico Sam Sunderland (KTM). O piloto californiano recuperou o posto ao chileno Pablo Quintanilla, que foi apenas 14.º e caiu para o quinto posto da geral, mas, com três etapas por cumprir, ainda nada está decidido. Entre Brabec, o líder, e Quintanilla, o quinto, há menos de dez minutos de diferença.

Entre os portugueses, Joaquim Rodrigues (Hero) foi o melhor da etapa, terminando no 11.º lugar, a 19m14s de Sam Sunderland, naquela que foi a sua melhor prestação na edição de 2019 e que lhe valeu a subida ao 24.º posto da geral. O melhor português continua a ser, no entanto, António Maio (Yamaha), que, a cumprir a sua estreia no rali Dakar, está actualmente em 21.º, a 4h02m20s de Brabec.

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