Elogio do 112

Num instante a pessoa do 112 agradece e informa que sim, que é um incêndio que terá começado às 16h57 mas que já está controlado pelos bombeiros. O rigor da resposta deu-nos uma especial satisfação.

São seis e meia da tarde. Está escuro. Estamos na estrada entre o Cabo da Roca e a Malveira da Serra. De repente vemos chamas num terreno junto ao mar. Será um incêndio? A área é pequena mas o fogo parece descontrolado. Será uma queimada? Àquelas horas? E se for um incêndio? Por toda a parte vêem-se os resultados do que aqui ardeu em Outubro.

É melhor telefonar. Paramos o carro e a Maria João liga para o 112. É atendida por uma pessoa calma e informada. A Maria João diz-lhe onde estamos e o que vemos. Num instante a pessoa do 112, evidentemente treinada para lidar com estas situações, agradece e informa que sim, que é um incêndio que terá começado às 16h57 mas que já está controlado pelos bombeiros. O rigor da resposta deu-nos uma especial satisfação.

Outros motoristas devem ter telefonado a dizer a mesma coisa mas não há enfado nenhum na voz do interlocutor. Não dá sinal de nos querer despachar. Pelo contrário, mostra uma cortesia invejável, encorajando estes cidadãos a ligar para o 112 cada vez que virmos uma emergência que precise de uma ambulância, bombeiros ou polícia.

Se o atendimento tivesse sido brusco ou enfastiado pensaríamos duas vezes antes de tornar a ligar. Mas não somos nós - que não temos treino nenhum - que temos de decidir se vale a pena chamar os bombeiros. É o pessoal especializado do 112.

Aprendi também que quem telefona para o 112 por engano tem o dever de não desligar e de dizer que foi engano, para não mandarem escusadamente assistência. Parabéns e obrigados. Muito bem!

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