Capital de risco portuguesa lança fundo de 46 milhões para startups ibéricas

Indico Capital Partners pretende investir 150 mil a cinco milhões de euros por empresa.

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Fundo pretende investir em áreas como a inteligência artificial e a fintech bruno lisita/Arquivo

A empresa portuguesa de capital de risco Indico Capital Partners anunciou um fundo de 46 milhões de euros para aplicar em startups tecnológicas da Península Ibérica. O objectivo é investir entre 150 mil euros e cinco milhões de euros em projectos de áreas como a cibersegurança, inteligência artificial e tecnologias aplicadas ao sector financeiro, uma área conhecida no meio como fintech.

O Indico é gerida por nomes conhecidos no sector das startups em Portugal: Stephan Morais (ex-administrador da Caixa Capital, o braço de investimento de risco da Caixa Geral de Depósitos), Cristina Fonseca (co-fundadora da Talkdesk, uma empresa de software para call centers que nasceu em Portugal) e Ricardo Torgal (ex-gestor de investimentos na Caixa Capital).

O fundo funciona numa mistura de mecanismos públicos e capitais privados. O principal investidor é o Fundo Europeu de Investimento, uma instituição europeia que canaliza capital para pequenas e médias empresas através de intermediários como fundos de investimento. Do grupo de investidores fazem ainda parte a Instituição Financeira de Desenvolvimento (uma entidade pública portuguesa) e a Draper Esprit (uma empresa britânica de capital de risco).

No total são “mais de 20 investidores institucionais e individuais”, entre os quais “fundos de pensões, instituições de ensino e investigação, entidades gestoras de fortunas, empresários, gestores e empreendedores de tecnologia locais e internacionais”, informou a Indico.

Em comunicado, a empresa referiu que “os primeiros investimentos da Indico já foram concluídos e serão anunciados em breve”. Questionada pelo PÚBLICO sobre estes investimentos, a empresa disse que o fundo está apenas agora a ser apresentado oficialmente e não quis adiantar pormenores.

O fundo pretende investir em várias fases de maturidade das startups, “durante o seu período de vida de dez anos”, começando nas chamadas rondas pre-seed e série A, que são os primeiros patamares de investimento de risco numa empresa.

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