A aventura Malle Moto

Dos 137 pilotos que se apresentaram à partida deste Dakar na competição de motos, mais de três dezenas apostavam em fazer a prova na modalidade Malle Moto. Ou seja, quase um quarto da caravana apostou num desafio que vai muito para além de superar as dificuldades das pistas e da navegação e que é um desafio pessoal de cumprir o Dakar sem qualquer tipo de ajuda, fazendo diariamente a revisão da sua moto e dispondo apenas do precioso recheio de uma mala que a organização lhes transporta de bivouac em bivouac.

Aí terá de caber tudo o que o piloto vai necessitar durante a prova. Desde a roupa ao saco-cama e tenda, passando por todo o material de reposição para a moto.

Dir-se-ia que é uma maneira mais económica de fazer o Dakar. Talvez o seja para alguns, mas não será o caso da maioria. Não creio que o Max Hunt, irmão do Harry Hunt que corre num dos Peugeot e que liderou a classificação até esta quinta etapa, tenha dificuldades orçamentais.

O desafio tem agregado adeptos tão improváveis como as duas pilotos femininas, uma espanhola e outra russa, embora apenas esta se mantenha em prova. Também Portugal tinha dois pilotos inscritos nesta classe, sendo que o Hugo Lopes vive na Suíça, onde a sua participação no Dakar teve bastante impacto mediático. O outro, Miguel Caetano, conheço eu bem e está no Peru a cumprir um sonho e um desafio para o qual se preparou de forma bastante criteriosa. Para já, tudo tem funcionado na perfeição e o Miguel está de parabéns.

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