Coreia unificada é a novidade, França e Dinamarca os favoritos

Novamente sem Portugal, o 26.º Campeonato do Mundo de andebol arranca hoje com jogos em Berlim e em Copenhaga.

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Uma selecção unificada da Coreia estará no jogo de abertura do Mundial de andebol LUSA/HAYOUNG JEON

Os favoritos são os suspeitos do costume e, pela oitava vez consecutiva, Portugal não estará presente — a selecção nacional foi derrotada pela Sérvia no play-off e o andebol português será representado pelos árbitros Ricardo Fonseca e Ricardo Santos —, mas a 26.ª edição do Campeonato do Mundo de andebol arranca hoje com duas novidades: a convite da Federação Internacional de Andebol haverá uma selecção unificada das duas Coreias e a prova será disputada em dois países, Alemanha e Dinamarca. A nível competitivo, será repetido o formato de 2011, com duas fases de grupos, seguidas de meias-finais e final.

A Dinamarca ganhou a medalha de ouro olímpica há 873 dias, cinco meses e nove dias depois a França sagrou-se campeã do mundo e, a 28 de Janeiro do ano passado, a Espanha conquistou pela primeira vez um Europeu. Se não surgir nenhuma surpresa — Noruega, Croácia e Alemanha serão os outsiders —, a 27 de Janeiro, no Jyske Bank Boxen, em Herning, uma destas três selecções festejará a vitória no 26.º Mundial de andebol.

Mesmo sem o melhor jogador do Mundo de 2007, 2014 e 2016 — Nikola Karabatic foi operado ao pé esquerdo em Outubro —, a França continua a contar com qualidade em abundância, e, com atletas como Kentin Mahé, Dika Mem, Luc Abalo ou Melvyn Richardson, será o rival mais temido por todos, mas o experiente Michaël Guigou alertou para a vantagem que Dinamarca e Alemanha têm por jogarem em casa, apontando o “colectivo e todas as soluções” que estão à disposição do técnico Didier Dinart como ponto forte.

A jogar em casa e com um calendário favorável, a Dinamarca tem uma oportunidade de ouro para conquistar pela primeira vez o título mundial, após perder as finais de 1967, 2011 e 2013. Vencedores do Europeu em 2008 e 2012, os dinamarqueses derrotaram a França na final dos Jogos Olímpicos de 2016 e têm potencial para rivalizarem de novo com os gauleses: Mikkel Hansen e Casper Mortensen são estrelas mundiais, Niklas Landin e Jannick Green garantem segurança na baliza.

Numa competição em que sete dos 24 seleccionadores são espanhóis, a Espanha será uma incógnita. Após vencer o Mundial 2013, o andebol espanhol entrou em depressão ao falhar a qualificação para as Olimpíadas do Rio de Janeiro e, no Mundial 2017, ficou-se pelos quartos-de-final. Porém, há um ano, a qualidade táctica do seleccionador Jordi Ribera acabou com a “maldição” dos Europeus para a Espanha após quatro finais perdidas. Agora, com uma mistura de veterania e talento, os espanhóis podem voltar a surpreender.

Se o exotismo do Qatar já não é novidade — vai voltar a apresentar uma equipa repleta de naturalizados —, no jogo de abertura da competição (17h15, em Berlim) estará uma das atracções do evento: com 16 sul-coreanos e quatro norte-coreanos no plantel (as restantes 23 selecções só podem ter 16 convocados), a Coreia unificada vai defrontar a Alemanha.

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