Alterações ao Código do Trabalho e luta dos próximos meses marcam plenário da CGTP

Ao PÚBLICO, o secretário-geral da CGTP antecipa um período intenso de lutas, mas não esclarece se irá ou não ser marcada uma greve geral.

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Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP irá discursar no início do plenário Rui Gaudêncio

Analisar a actual situação política, económica e social e as acções de luta dos próximos meses, nomeadamente contra as alterações ao Código de Trabalho, são os principais pontos do programa do próximo Plenário de Sindicatos da CGTP-IN, que se realiza esta quinta-feira, em Lisboa.

Estarão reunidos cerca de 800 dirigentes, delegados e activistas sindicais. Em causa está a luta por melhores salários e melhores serviços públicos, mas a CGTP não adianta se irá, ou não, discutir neste encontro a realização de uma greve geral. 

Ao PÚBLICO, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirma apenas que será discutido “um conjunto de iniciativas para os próximos meses”, mas, “pelo menos até agora, ainda nada foi discutido em relação a uma greve geral”.

Já em Dezembro, o secretário-geral da CGTP tinha afirmado ao PÚBLICO que os próximos meses iriam ser de “muitas lutas a fervilhar”. “Não vamos só ter muitas lutas em empresas, na função pública, vamos ter convergência dessas lutas com expressão de rua, ou seja, greves e manifestações. Isto vai avançar”, afirmava, reforçando as resoluções do Conselho Nacional. "É necessário reforçar a sindicalização e a organização sindical de base, eleger mais delegados sindicais e representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho e intensificar a acção e a luta reivindicativa nos locais de trabalho, empresas e serviços", lê-se no documento.

Em relação às alterações ao Código de Trabalho, a CGTP terá ainda de aguardar pela discussão das mudanças que arranca este mês, através do grupo de trabalho criado na Assembleia da República. Para o secretário-geral da intersindical, as alterações estimulam “a manutenção da precariedade, promove novos ataques à contratação colectiva, desregula os horários do trabalho”.

O encontro começa às 11h de quinta-feira, com uma intervenção do secretário-geral, prevendo-se no encerramento, a deslocação, às 16h, ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

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