Duarte Lima absolvido no caso dos cinco milhões que eram de Rosalina Ribeiro

Ex-deputado do PSD estava acusado de se ter apropriado de cinco milhões de euros de Rosalina Ribeiro, assassinada em 2009.

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Rui Gaudêncio

O Tribunal Criminal de Lisboa absolveu, esta segunda-feira, Duarte Lima do crime de abuso de confiança de que era acusado, no caso que envolve Rosalina Ribeiro. O ex-deputado do PSD fora acusado pelo Ministério Público de se ter apropriado de cinco milhões de euros da mulher assassinada a 7 de Dezembro de 2009, no Brasil, crime pelo qual está também acusado pela justiça brasileira.

Em comunicado enviado ao Expresso, Duarte Lima diz que espera agora “ver resgatadas” a “vida e honorabilidade”, que diz terem sido “profundamente” afectadas por este caso.

A sentença deste caso já era expectável, uma vez que o próprio MP, que proferiu a acusação, tinha pedido a absolvição de Duarte Lima, no Verão passado, depois de, segundo o Expresso, um afilhado da viúva de Tomé Feteira ter desmentido em tribunal declarações que fizera na fase de investigação, de acordo com as quais Rosalina Ribeiro se teria queixado do comportamento de Duarte Lima, seu advogado.

No comunicado sobre esta mais recente decisão judicial, Duarte Lima refere que a sentença é “inequívoca, categórica e exaustivamente fundamentada”, defendendo que, com ela “a verdade é reposta e se sobrepõe à calúnia, ao boato e ao preconceito”. O advogado escreve ainda que o Tribunal Criminal de Lisboa é o segundo a absolvê-lo “das acusações falsas” que lhe foram “dirigidas por Olímpia Feteira ao longo dos últimos oito anos, no âmbito da chamada herança Feteira”, lembrando que o Tribunal da Relação de Zurique (Suíça) o tinha absolvido, em 2013, “pelas mesmas acusações”.

Duarte Lima argumenta ainda que com esta absolvição “cai por terra” o conjunto de argumentos para a acusação de ter assassinado a viúva do milionário português. “Gostaria de reiterar que foram tais acusações de Olímpia Feteira – que dois tribunais diferentes, de dois países diferentes, provaram ser falsas –, que serviram expressamente de base, de motivo e de fundamento à acusação em que a polícia brasileira me atribuiu um crime hediondo que não cometi, e que com esta decisão cai igualmente por terra”, escreve.

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