Mortes na estrada aumentam pelo segundo ano consecutivo

Os dados provisórios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária mostram que, em 2018, morreram 512 pessoas nas estradas portuguesas. O número não era tão elevado desde 2013.

Foto
JOSÉ COELHO/LUSA

Em 2018, e pelo segundo ano consecutivo, o número de mortes na estrada aumentou. Contaram-se, pelo menos, 512 vítimas mortais — mais do que as 510 de 2017 —, segundo os dados provisórios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). 

Entre 2010 e 2016, as mortes registadas nas estradas portuguesas diminuíram consistentemente. Os dados avançados esta quarta-feira pelo Jornal de Notícias (JN) revelam que "nos anos da crise, houve menos pessoas na estrada, velocidades mais moderadas e menos jovens a comprar carro. Agora que existe a percepção de que a crise acabou, o efeito deixa de se sentir", explica João Queiroz, presidente da associação Estrada Mais Segura.

"Temos tido planos e estratégias, mas a passagem do papel para realidade é uma parte do problema", diz João Queiroz sobre as medidas necessárias para travar o fenómeno.

Também José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa lembra que é preciso promover campanhas que promovam a alteração de comportamento dos peões e condutores. E, em paralelo, levar a cabo uma fiscalizar e garantir punições graves o suficiente para convencer os portugueses que a lei deve ser cumprida. 

Ao JN, o Ministério da Administração Interna assegura que "os números não se agravaram, apesar do aumento significativo do tráfego", e salienta ter publicado um Programa de Protecção Pedonal e de Combate aos Atropelamentos e organizado campanhas de sensibilização, como o "Júnior Seguro on Road" e a "Festas Seguras 2018".

Ainda este ano, o Governo vai lançar um Concurso Plurianual de Prevenção e Segurança Rodoviária, para projectos inovadores de prevenção e segurança, e aumentar o investimento na segurança das estradas.

Sugerir correcção
Ler 5 comentários