Partido Ecologista "Os Verdes" critica "incapacidade de diálogo" do Governo

O PEV destacou do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa o "apelo muito importante" relativamente ao ciclo eleitoral "para que as pessoas votem e que não deixem nas mãos dos outros as escolhas que vão fazer".

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Nuno Ferreira Santos

A deputada do Partido Ecologista "Os Verdes" Heloísa Apolónia afirmou nesta terça-feira, em Lisboa, que o Governo tem revelado "alguma incapacidade de diálogo", reflectida nas greves realizadas em vários sectores no país.

A deputada falava à agência Lusa reagindo à tradicional mensagem de Ano Novo do Presidente da República, na qual Marcelo Rebelo de Sousa se referiu ao clima pré-eleitoral para as três eleições que se realizam em 2019 (europeias, regionais da Madeira e legislativas) dizendo que "já começou em 2018".

Heloísa Apolónia destacou essencialmente três aspectos do discurso do Presidente, salientando que o Governo deve "inverter a incapacidade de diálogo que tem revelado".

"É fundamental gerar capacidade de diálogo e respeitar os direitos dos trabalhadores", salientou a deputada do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) à Lusa.

No discurso, Marcelo Rebelo de Sousa disse, a este respeito: "Chamem a atenção dos que querem ver eleitos para os vossos direitos e as vossas escolhas políticas, pela opinião, pela manifestação, pela greve, mas respeitem sempre os outros, os que de vós discordam e os que podem sofrer as consequências dos vossos meios de luta", completou, referindo-se à conjuntura de contestação social.

O Partido Ecologista "Os Verdes" destacou ainda, do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, o "apelo muito importante" relativamente ao ciclo eleitoral "para que as pessoas votem e que não deixem nas mãos dos outros as escolhas que vão fazer".

Outros aspectos do discurso do Presidente salientados pela deputada foram o apelo à "ética política", que "Os Verdes" dizem exercer "com seriedade e lealdade para com os seus eleitores", bem como os "avanços importantes" nesta legislatura, "mas que poderiam ter ido mais longe".

O Presidente da República apelou, no seu discurso, ao exercício do voto nos três actos eleitorais de 2019, e considerou fundamental que haja bom senso nessas campanhas, advertindo que radicalismos, arrogâncias e promessas impossíveis destroem a democracia.

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