Assad assume controlo de regiões no norte da Síria após apelo de milícias curdas

Os curdos pediram protecção de Damasco perante ameaça de ataque turco. A milícia YPG, que lutou contra o Daesh, ficou sem o apoio dos EUA após a decisão de Trump retirar as tropas.

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Membros das Forças Democráticas da Síria em Manbij Reuters

O Exército sírio anunciou que entrou em Manbij pela primeira vez em anos, depois de receber um pedido de protecção da milícia curda YPG, parte das Forças Democráticas Sírias, perante a ameaça turca.

Os curdos temem um ataque turco. Ancara já atacou curdos durante a guerra na Síria antes, e vinha a subir o tom dos avisos sobre um ataque, justificado pelo que diz ser o “terror curdo”, apresentando as YPG como um risco para a sua segurança interna. Vinha a ser dissuadida pelos americanos, com forças no terreno para apoiar as forças curdas na sua luta contra o grupo jihadista Daesh.

Mas com a decisão de Trump retirar as tropas – a decisão que provocou a demissão do seu secretário da Defesa, Jim Mattis, e do líder da aliança global contra o Daesh, Brett McGurk – a Turquia perdeu o último dissuasor e não deixou outra opção aos curdos que não procurarem a protecção do mais forte, neste caso, o regime de Bashar al-Assad.

Assim, este consegue mais uma vitória – este território é um em que não entrava há anos – sem qualquer esforço. Manbij foi tomado pelas forças sírias com as YPG na vanguarda em 2016, um marco na luta contra o Daesh.

O exército sírio comunicou que tinha içado a bandeira da síria em Manbij.

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