Sete ideias para sair esta semana

A queimar, sair ou musicar, entradas generosas entre as gentes e a bicharada.

Foto
Galandum Galundaina Adriano Miranda

Bamos derretir l carambelo?

Miranda do Douro
Dias 28 e 29 de Dezembro

Que é como quem diz, em mirandês, "vamos derreter o gelo". São estas as palavras de ordem do festival que nasceu para divulgar a música e a cultura mirandesas. Orgulhoso de ter sido o purmeiro festibal d'Ambierno (o primeiro festival de Inverno), o Geada está a celebrar dez anos. Depois de uma sexta-feira animada com arruadas e a Buolta a las adegas, continua no sábado com um concurso de minigaiteiros no Largo D. João III (às 14h30), a oficina Rituais de Solstício no Museu da Terra de Miranda (15h30), mais música pelas ruas (16h30), a abertura de um mercadinho no Largo do Castelo (17h30) e, no mesmo local, actuações de Pauliteiros de Malhadas, iPUM, Velha Gaiteira, Galandum Galundaina, Roncos do Diabo e DjGaiteirinho (a partir das 21h30). O Geada convida ainda a ficar em Miranda do Douro para participar na passagem de ano tradicional: o Enterro do Velho.
Horário: a partir das 17h30 na sexta-feira e das 14h30 no sábado (Enterro do Velho no dia 31, às 23h30).
Grátis na sexta-feira; bilhete-donativo a 3€ (mínimo) no sábado

 

Foto
Câmara Municipal de Melgaço

À fogueira com 2018

Melgaço - Castro Laboreiro
Dia 30 de Dezembro

Enquanto Miranda do Douro enterra o (ano) velho, Castro Laboreiro redu-lo a cinzas. Manda a tradição de tempos idos que o condenado – um boneco a personificar 2018 – seja levado em cortejo, pelas ruas da terra castreja, acompanhado de gaitas-de-foles, animadores e foliões, em direcção a uma grande fogueira acesa em plena Serra da Peneda. Ali, na presença de uma bruxa, será queimado para purificar o lugar e as gentes. E para que das suas cinzas nasça um ano melhor.
Horário: às 23h.
Grátis

 

Foto
Pedro Abrunhosa Fernando Veludo/NFactos

Um, dois, três para três, dois, um

Pelo país
De 29 a 31 de Dezembro

A contagem decrescente para o ano novo tem registado uma tendência crescente dos últimos tempos: aumentar para três os dias de festa. Eis alguns exemplos, todos gratuitos e ao ar livre. No Porto, a acção desdobra-se entre actuações de DJ pelas praças da cidade e o grande palco montado na Avenida dos Aliados. Aqui, cabe a Diogo Piçarra abrir a função no dia 29, deixando para Pedro Abrunhosa, entertainer em casa, a condução da entrada em 2019. Na Figueira da Foz, cabe a Paulo Gonzo animar as hostes na antevéspera, abrindo caminho na Praça do Forte ao hip-hop de Waze na véspera e Apartirtudo, Wet Bed Gang e Olga Ryazanova na grande noite. Na Nazaré, a passagem é agitada pela Banda Magma e pela dupla de DJ Rich & Mendes, mas não sem antes se ouvir o hip-hop-soul-funk dos Expensive Soul e, ainda antes, o tom popular de Rosinha e sua concertina. Lisboa preparou um Super Ano Novo que culmina nas actuações de Daniel Pereira Cristo e Richie Campbell (cada um com os seus convidados: Tatanka, João Só e Ana Bacalhau com Cristo; Dengaz, Mishlawi, Plutonio e DJ Dadda com Campbell). Até lá, a Praça do Comércio recebe Branko com Carlão, Sara Tavares, Dino D'Santiago e Cachupa Psicadélica (dia 29) e a Orquestra Metropolitana de Lisboa (dia 30). Richie Campbell vai também estar, a 29, em Portimão, num réveillon à beira-mar que se sintoniza ainda na Radio Gemini de David Fonseca, no dia 30, entregando o 31 a Axé Brasil e Oskar.

 

Foto
Evgemy Bushov DR

A orquestrar o novo ano

Pelo país
Dia 1 de Janeiro

Contadas as badaladas, feitos os brindes e pedidos os desejos, o primeiro dia do ano pode ser apreciado na companhia de várias orquestras que já fizeram dos concertos de ano novo um hábito. A de Guimarães saúda 2019 no Centro Cultural Vila Flor com valsas, marchas e polcas da escola vienense, tendo como solista a soprano Elisabete Matos. Também a Filarmonia das Beiras se apresenta bem acompanhada: em Aveiro, toca repertório da Viena de Strauss com a cantora Cristina Branco e o pianista Luís Figueiredo. Mozart, Schubert, Brahms, Sibelius, Karlowicz e Strauss II são os compositores escolhidos para o concerto da Orquestra Clássica do Sul no Cine-Teatro Louletano com Joanna Slusarczyk na direcção. Conduzida pelo maestro Evgeny Bushkov, a Orquestra Metropolitana de Lisboa lança-se a Delírios, Valsas, Galopes e Outros Sortilégios Musicais, programa com lugar para obras de Nicolai, Schostakovich e família Strauss, no Centro Cultural de Belém.

 

Foto
Teatro Académico Gil Vicente Paulo Pimenta

Para dar a comprar

Pelo país
Até 6 de Janeiro

Se procura uma forma de estender o espírito natalício, damos-lhe duas palavras: Bilhete Suspenso. Basta ir à bilheteira, adquirir um ou mais ingressos para um espectáculo e deixá-los lá, para serem levantados por crianças que de outra maneira dificilmente teriam a oportunidade de ir ao teatro. A iniciativa foi ensaiada pontualmente em anos anteriores, mas esta é a primeira vez que ganha alcance nacional. São sete os teatros aderentes: Municipal Joaquim Benite (Almada), Aveirense, Académico Gil Vicente (Coimbra), das Figuras (Faro), José Lúcio da Silva (Leiria), Infantil de Lisboa e das Marionetas do Porto. Em cada um está a lista de entidades a que os bilhetes suspensos são atribuídos. O projecto tem curadoria da Rádio Zig Zag e inspira-se numa ideia original napolitana surgida no pós-guerra, em que era um café que ficava pago para quem viesse a seguir – uma ideia generosa que tem corrido mundo em várias formas, cultura incluída.

 

Foto
DR

De antenas postas num Ovo

Lisboa - Altice Arena
De 3 a 13 de Janeiro

Dois anos depois de nos ter trazido as criaturas fantásticas de Varekai, o Cirque du Soleil regressa com Ovo. A fórmula da trupe é bem conhecida: combinar artes de novo circo com música e teatro, em função de uma narrativa contada com elegância e atenção ao pormenor. Desta vez, é aplicada ao mundo dos insectos, para mostrar o que acontece quando o quotidiano frenético e colorido de uma comunidade de formigas, pulgas, grilos, borboletas, pirilampos, baratas e outra bicharada é interrompido pela chegada de um ovo misterioso. Fica dado o mote para uma ilustração acrobática do ciclo da vida, da natureza, da curiosidade, da aceitação do que nos é estranho. E também do amor entre uma joaninha local e um recém-chegado… A dar vida à história estão 50 artistas de 14 países. Escrito e dirigido pela brasileira Deborah Colker, Ovo anda a viajar desde 2009, ano em que se estreou em Montreal, no Canadá, país de origem da companhia.
Horário: terça a quinta, às 21h30; sexta e sábado, às 18h e 21h30 (dia 11 só às 21h30); domingo, às 14h30 e 18h.
Bilhetes de 40€ a 79€

 

Foto
Brian Skerry

Tubarões ao largo

Lisboa - Oceanário (átrio)
Até 6 de Janeiro

Fora do tanque central do Oceanário também há tubarões. Estão na exposição Sharks, Uma Missão de Brian Skerry, que está a entrar nos últimos dias. Chegou a Lisboa em Setembro, depois de ser vista por quase meio milhão de pessoas nos EUA. No total, reúne 50 imagens captadas debaixo de água por Skerry para a National Geographic, em 14 viagens pelo mundo. Mais do que lançar um olhar diferente sobre os tubarões e navegar pelos ecossistemas em que se movimentam, a colecção pretende alertar para a ameaça de extinção que paira sobre muitas espécies destes predadores. A esperança do fotojornalista é "que os visitantes saiam com uma nova visão sobre estes magníficos animais que são, muitas vezes, incompreendidos" e que possam "reconhecer o seu valor para o nosso planeta".
Horário: todos os dias, das 10h às 19h.
Bilhetes para exposição + visita ao Oceanário a 18€ (adultos); 12€ (crianças dos quatro aos 12 anos; seniores); grátis para crianças até três anos

Sugerir correcção
Comentar