Prazo para pagar impostos alargado até 2 de Janeiro

Decisão foi tomada pelo Governo, tendo em conta a tolerância de ponto na função pública para 31 de Dezembro.

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O Ministério das Finanças alargou até ao dia 2 de Janeiro de 2019 o prazo para os contribuintes cumprirem algumas das obrigações fiscais que teriam de ser tratadas até ao final do ano.

Estão em causa o pagamento de impostos, nomeadamente os que estão a ser regularizados através de planos prestacionais, e a entrega de declarações. O despacho assinado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF), António Mendonça Mendes, determina igualmente a não aplicação de coimas ou liquidação de juros compensatórios aos pagamentos realizados naquela data.

António Mendonça Mendes justifica esta medida com o facto de as tolerâncias de ponto na função pública, para os dias 24 e 31 de Dezembro, inviabilizarem o cumprimento de obrigações fiscais, como o pagamento de impostos, no último dia do ano.

O encerramento dos serviços locais e regionais da Autoridade Tributária (AT) no dia 31 de Dezembro de 2018 “dificulta ou mesmo impede que os contribuintes possam cumprir algumas das suas obrigações, nomeadamente as obrigações de pagamento de impostos”, refere o despacho.

O documento acrescenta que, perante esta situação, foi determinado “o alargamento do respectivo prazo até ao próximo dia 2 de Janeiro de 2019, sem quaisquer acréscimos ou penalidades, não sendo, assim, de aplicar coimas e liquidar juros compensatórios ou moratórios sobre os pagamentos ou obrigações acessórias”.

Além do encerramento dos serviços na sequência da tolerância de ponto decretada pelo Governo, muitas repartições de Finanças têm estado encerradas ou a funcionar com um número de trabalhadores reduzido devido à greve marcada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), que começou a 26 de Dezembro e se prolonga até o final do mês.

Nesta sexta-feira, os trabalhadores da AT cumprem o terceiro dia de greve e, em declarações à Lusa, o presidente do STI, Paulo Ralha, afirmou que “a grande maioria dos serviços está encerrada e os que não estão encerrados estão com muito pouco pessoal e estão a ter grandes dificuldades para assegurar o atendimento dos contribuintes”.

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