Facebook clarifica partilha de "mensagens privadas" com Netflix e Spotify

De acordo com a rede social, as mensagens a que os parceiros tinham acesso apenas continham informação sobre recomendações de conteúdo como filmes, séries e músicas.

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O Facebook voltou esta semana às notícias por problemas de privacidade Reuters/Dado Ruvic

O Facebook admitiu, esta semana, que vários parceiros tinham acesso a mensagens dos utilizadores que usavam a conta da rede social para entrar em aplicações como o Netflix e o Spotify. Esta quinta-feira veio clarificar, porém, que as mensagens em causa faziam parte dos serviços destas empresas e permitiam apenas partilhar dados como recomendações de séries, filmes e músicas. Não eram as mensagens privadas do Facebook.

O novo comunicado do Facebook vem na sequência de uma investigação do jornal norte-americano The New York Times. Na altura, o Facebook confirmou a informação, num comunicado que frisava que "nenhuma das parcerias ou funcionalidades dava acesso à informação sem a autorização das pessoas”, mas esta quinta-feira veio detalhar o tipo de dados a que dava acesso. 

“As pessoas podiam enviar mensagens aos amigos sobre o que estavam a ouvir no Spotify ou a ver no Netflix, partilhar ficheiros no Dropbox, ou receber recibos de transferências de dinheiro feitos através da aplicação do Royal Bank of Canada”, explicou Ime Archibong, vice-presidente de parcerias de produto no Facebook. Acrescentou que as “experiências”, explicadas em público, foram encerradas há mais de três anos, embora no comunicado desta quarta-feira o Facebook tenha admitido que algumas interfaces de programação de aplicações continuaram a funcionar depois dessa altura. 

O Facebook nota que dar aos parceiros o poder de “ver/escrever/apagar mensagens” era o “objectivo da funcionalidade” que permitia às outras empresas “criar integrações de mensagens nas suas aplicações para que as pessoas pudessem enviar algumas mensagens aos seus amigos no Facebook”.

“Estas mensagens são comuns na nossa indústria – pensem na capacidade da Alexa [a assistente de voz da Amazon] para ler os vossos emails na aplicação de email da Apple”, conclui a vice-presidente de produto do Facebook.

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