Quatro projectos inovadores portugueses distinguidos pela Comissão Europeia

Sistema de observação terrestre de doenças vectoriais do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge recebe 1,5 milhões de euros

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Mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus Zika e a febre de dengue Paulo Whitaker/Reuters

A Comissão Europeia anunciou esta quinta-feira o apoio financeiro a mais um conjunto de projectos inovadores, ao abrigo de um programa do Conselho Europeu de Inovação (CEI). Dos 283 projectos distinguidos, quatro são portugueses. A maior fatia, no valor de 1,5 milhões, foi atribuída ao primeiro sistema de vigilância vectorial transnacional e automatizado (Vectrack), que tem como um dos parceiros o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, e que se encontra na fase de “processo acelerado para a inovação”. Ainda numa fase inicial, foram apoiados com 50 mil euros os projectos de um plano seguro de identificação digital, um teste para diagnosticar a doença de lúpus e uma solução para a produção em larga escala de um substância química chamada esparteína.

"Até hoje, já apoiámos, no CEI, 1276 projectos, financiados em mais de 730 milhões de euros. Este é um apoio muito importante para os europeus que continuam a apostar na inovação. E os quatro projectos portugueses agora premiados em Portugal são provas de que, quando apostam na inovação, os portugueses conseguem ser exemplos de excelência neste domínio", refere Carlos Moedas, comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, num comunicado de imprensa.

De acordo com um pequeno resumo do projecto, o Vectrack garante o primeiro sistema de vigilância vectorial transnacional e automatizado, através do desenvolvimento de um serviço de satélite para observação da Terra, e do recurso a sensores optoelectrónicos que permitem uma contagem e classificação totalmente automatizada e remota dos mosquitos-alvo.

Inserido na fase 1 do Instrumento PME, que distribuiu bolsas de 50 mil euros, está, por exemplo, o projecto de uma Plataforma de Gestão da Identidade Digital (Loqr), de Braga, que fornece uma única solução integrada e centralizada para validação, autenticação e gestão de identidade digital. Por sua vez, o ClarifyLupus, da Clarify Analytical, de Évora, desenvolveu um teste que permite diagnosticar a doença de lúpus numa fase inicial e o Spartwise, da empresa Spartax Chemicals, de Ramada, responsável pelo desenvolvimento de produção em larga escala de esparteína, uma substância química que é usada em fármacos.

Até 2020, o projecto-piloto do CEI vai distribuir 2700 milhões de euros a inovações revolucionárias, sob alçada do programa Horizonte 2020.

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