Balanço do ataque de Estrasburgo sobe para cinco mortos

Um ferido em estado de morte cerebral morreu no dia em que a cidade prestou homenagem às vítimas.

Foto
Cerimónia de homenagem decorreu junto ao memorial improvisado desde o ataque Vincent Kessler/Reuters

Horas depois de uma cerimónia onde se sucederam cânticos, música e leituras em homenagem às vítimas do ataque de terça-feira à noite no mercado de Natal de Estrasburgo, a Procuradoria de Paris anunciava a morte de uma quinta vítima. Segundo o jornal Le Monde, trata-se de Barto Pedro Orent-Niedzielski, de 35 anos.

O músico polaco há 20 anos a viver na cidade do Leste da França esteve cinco dias em coma profundo até que o seu coração parou. Atingido de frente pelo atacante, Chérif Chekkat, quando estava com o jornalista italiano Antonio Megalizzi, também morto, “Bartek” (como era conhecido no mundo cultural de Estrasburgo) estava em coma profundo.

A mãe e o irmão decidiram não desligar de imediato os instrumentos que o mantinham vivo para permitir a todos os amigos que se despedissem. Testemunhas citadas pela imprensa francesa dizem que houve uma fila ininterrupta no hospital de Hautepierre.

Chérif Chekatt, morto pela polícia 48h depois do ataque, disparou contra quem pôde e atingiu ainda algumas pessoas com uma faca até ser ferido a tiro num braço e forçado a fugir das autoridades (nessa manhã a polícia tentou detê-lo por causa de um assalto à mão armada com tentativa de assassínio).

Depois de o mercado de Natal, o mais antigo na Europa, ter passado dois dias encerrado e a cidade ter vivido em ambiente de recolher obrigatório, este domingo a central praça Kléber foi palco de uma cerimónia organizada por diferentes associações de direitos humanos, com o apoio das autoridades municipais. Depois de se cantar, tocar música e da leitura de alguns textos, fez-se um “minuto de ruído”, com gritos e aplausos, em vez do tradicional minuto de silêncio.

Um minuto de barulho “depois destes dias de silêncio, para acompanhar a nossa determinação em ser Estrasburgo, juntos e solidários”, explicou Christine Panzer, presidente da associação ASTU (Acções Cidadãs Interculturais), uma das organizadoras.

Sugerir correcção
Comentar