Reclusos de Paços de Ferreira provocaram desacatos contra greve dos guardas prisionais

Associação de Apoio ao Recluso diz que reclusos incendiaram dois contentores do lixo. Já a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) garante que não houve desacatos na cadeia.

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paulo pimenta

Durante a manhã desta sexta-feira, os reclusos do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira provocaram desacatos em protesto contra o incumprimento dos serviços mínimos decretados para a greve dos guardas prisionais, avançou à Lusa a Associação de Apoio ao Recluso.

O presidente da Associação de Apoio ao Recluso, António Ilharco, disse que os reclusos da ala A da prisão de Paços de Ferreira deitaram fogo a dois contentores do lixo, tendo os guardas prisionais de serviço resolvido a situação e colocado os presos dentro das celas.

António Ilharco adiantou que os reclusos já se encontram nas celas, mas estão a ameaçar com mais desacatos quando voltarem a sair, estando a associação a mediar o conflito.

A Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) por outro lado garante que não houve desacatos na cadeia. Tendo só um recluso "queimado um canto do colchão". A DGRSP refere ainda que "não resultaram quaisquer ferimentos ou necessidade de assistência a elementos da vigilância ou ao recluso" e a situação foi "imediatamente resolvida pelo guarda prisional presente".

Os guardas prisionais têm greves agendadas até ao início do próximo ano. Pedem, principalmente, a renovação do estatuto de carreira. Da parte do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), os próximos protestos dividem-se em dois momentos. O primeiro começa nesta sexta-feira e termina a 18 de Dezembro. E o outro está marcado entre os dias 19 e 23. A outra estrutura sindical, o Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional marcou greve entre 15 deste mês e 6 de Janeiro. 

Os serviços mínimos que vão vigorar durante o período de greve garantem como habitualmente uma visita semanal e duas horas de recreio ao ar livre, os serviços médicos e de higiene habituais. Os bares e as “lojas” onde os reclusos se podem abastecer de produtos de higiene e alimentares vão estar fechados.

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