Eduardo Cabrita reconhece que formação de militares da GNR é "exigente"

O ministro da Administração Interna recordou os compromissos que os novos membros da polícia militarizada têm pela frente, sublinhando que a GNR é uma força de segurança "essencial" do Estado de direito democrático.

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Miguel Manso

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, reconheceu nesta sexta-feira, em Portalegre, que a formação da GNR é "exigente", para fazer face aos desafios com que os guardas se deparam, depois, ao longo da carreira.

"A formação que aqui tiveram foi uma formação exigente para desafios em que os portugueses olham para vós", disse Eduardo Cabrita durante a cerimónia do compromisso de honra de 595 novos guardas da GNR, que frequentaram o 40.º curso de formação, que ficou marcado por um caso de espancamento de dez formandos no decorrer da instrução.

O ministro da Administração Interna recordou os compromissos que os novos membros da polícia militarizada têm pela frente, sublinhando que a GNR é uma força de segurança "essencial" do Estado de direito democrático.

"E queria aqui dizer-lhes que esta GNR é uma estrutura essencial da afirmação de uma Europa como espaço de liberdade, segurança e de justiça, de uma Europa que acolhe migrantes e defende refugiados, de uma Europa que combate o tráfico de seres humanos, de uma Europa que está unida no combate ao terrorismo", afirmou.

Para Eduardo Cabrita, a GNR "é parte deste combate" e "uma força essencial" do Estado de direito democrático. É uma guarda das liberdades fundamentais e da salvaguarda" dos direitos dos portugueses".

"E, por isso, aquilo que são violações a estes direitos, são uma prioridade para os guardas. É uma prioridade da GNR que não será tolerada nem no espaço nacional nem dentro da própria instituição. Quem viola direitos fundamentais não tem lugar na GNR", alertou.

Após a cerimónia de compromisso de honra, que decorreu no Estádio Municipal de Portalegre, Eduardo Cabrita presidiu à assinatura de um protocolo de cooperação para a celebração de um contrato interadministrativo para a construção de novas instalações para o centro de formação e Comando Territorial de Portalegre da GNR.

Trata-se de um projecto que vai ser desenvolvido num terreno com 28 hectares na zona industrial de Portalegre, pertencente ao município, contando numa fase inicial com um investimento de cerca de 14 milhões de euros.

As futuras instalações estão inseridas nos investimentos previstos na Lei de Programação de Infra-estruturas e Equipamentos para as Forças e Serviços de Segurança da Administração Interna.

"Este é o maior investimento individualizado em infra-estruturas de toda a lei de programação. Num contexto de 450 milhões de euros de investimento, que envolvem investimentos de natureza muito variada", sublinhou Eduardo Cabrita.

A presidente da câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, afirmou tratar-se de "um dia histórico" para o município, acrescentando que, finalmente, "há vontade política" para desenvolver este projecto.

O Centro de Formação da GNR em Portalegre está instalado no Convento de São Bernardo, ao abrigo de um protocolo de cedência entre os ministérios da Defesa e da Administração Interna.

O actual centro de formação, que já se chamou Centro de Instrução de Praças e posteriormente Agrupamento de Instrução de Portalegre, está dependente da Escola da Guarda, com sede em Queluz.

Os cursos de formação da GNR são ministrados na Escola da Guarda, não só através do centro instalado em Portalegre, como também do centro existente na Figueira da Foz.

Na unidade de Portalegre, a instrução é ministrada desde 1985 e até hoje foram formados mais de 16.360 militares.

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