Atacante de Estrasburgo agiu sozinho. Número de mortos subiu para quatro

O número de mortos no ataque de terça-feira, em Estrasburgo, subiu para quatro.

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As explicações foram dadas pelo ministro do Interior, Christophe Castaner LUSA/RONALD WITTEK

A quarta vítima mortal do ataque de terça-feira, em Estrasburgo, morreu esta sexta-feira. Era um dos 14 feridos do tiroteio que acabou por não resistir. A confirmação foi feita esta sexta-feira pelo gabinete do Procurador de Paris. "A pessoa estava a lutar pela sobrevivência", esclareceu em comunicado, citado pela agência Reuters.

Entretanto foi revelado que o francês que matou três pessoas e feriu outras 13 no mercado de Natal de Estrasburgo não integrava nenhuma rede terrorista e não teve qualquer ajuda, disse nesta sexta-feira o ministro do Interior de França, Christophe Castaner.

Numa entrevista à Europe 1, o ministro sublinhou que o atacante, Cherif Chekatt, não teve ajuda nem "protecção especial" na sua fuga. Chekatt foi morto pela polícia na quinta-feira à noite.

O ministro insistiu que os três polícias que enfrentaram Chekatt no bairro de Neudorf e que o mataram, não o encontraram "por sorte", como chegou a ser dito na véspera. Foi o resultado do "trabalho no terreno", disse.

Segundo a comunicação social francesa, os três polícias que encontraram o suspeito em fuga eram polícias da patrulha regular e não das forças mobilizadas para a caça ao homem montada a seguir ao ataque. As autoridades chegaram a considerar que o atacante tivesse saído de França, pela fronteira com a Alemanha, que é próxima de Estrasburgo.

"Desde o primeiro momento que a investigação se orientou para o seu bairro de origem", disse o ministro, acrescentando que "tudo fazia pensar" que o suspeito não saiu dali.

Ser dar pormenores, o ministro disse que foi realizada uma operação em Neudorf na quinta-feira porque houve uma informação procedente do próprio bairro. A operação envolveu um helicóptero e patrulhas, uma das quais se cruzou com Chekatt às 21h locais (20h horas em Portugal continental).

O atacante disparou primeiro e os polícias "mataram-no para se defenderem".

O procurador de Paris, Rémi Heitz, responsável pelas investigações em França (e a quem foi atribuído o caso), deve avançar nesta sexta-feira mais explicações.

O ministro do Interior não quis comentar o facto de o crime de Estrasburgo ter sido investigado e tratado pelo Governo como um caso de terrorismo. Disse apenas que a França ainda está sob a ameaça desse tipo de ataques.

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