Sérgio Conceição: "Temos representado o país como ninguém"

Treinador do FC Porto dispensa elogios e lembra que espectáculo e talento também dependem dos calendários.

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Reuters/MIGUEL VIDAL

O FC Porto, líder isolado do campeonato, com 30 pontos, defronta no sábado, às 20h30, o Santa Clara, nono classificado, para a 13.ª jornada da I Liga, à procura da 13.ª vitória consecutiva e de novos recordes que o treinador dos portistas, Sérgio Conceição, relativiza, mostrando-se mais preocupado em manter o foco da equipa. O pragmatismo do técnico, que deixou Rui Vitória e a alegada interferência do VAR na classificação sem resposta, prende-se com o facto de a equipa estar a cada jogo no fio da navalha, sujeita a falhas potenciadas por um calendário que acusa de estrangular o talento.

A sucessão de jogos e viagens, o clima e a “insensibilidade” das operadoras, atendendo ao desempenho “fantástico” do FC Porto na Europa, onde tem “representado o país como ninguém”, preocupam o treinador dos “dragões”, sem tempo para alimentar polémicas em torno da relação com o homólogo do Santa Clara, com quem foi muito crítico na época passada, quando João Henriques orientava o Paços de Ferreira.

“Já abordei esse tema. Quem decide é a operadora. Temos de respeitar as marcações dos jogos. E não podemos usar isso como desculpa”, reagiu, deixando a pergunta. “Depois querem espectáculos de alta qualidade? Mas para isso é preciso que os jogadores recuperem”.

O FC Porto joga nos Açores depois de ter estabelecido, na Turquia, o recorde de pontos na fase de grupos da presente edição da Liga dos Campeões, em que somou cinco vitórias e um empate, totalizando 16 pontos.

Conceição conta, apesar de tudo, festejar mais uma vitória na Liga, talvez saltando para a bancada: "Comemorar? É o que me sai no momento. Fui bastante efusivo no Bessa, descarreguei a adrenalina. Amanhã, se calhar, vou saltar para a bancada", concluiu.

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