daTerra traz o buffet vegan até ao Bairro Alto

Entradas, sopas, pratos quentes, em versão all you can eat vegetariano. A cadeia daTerra abriu o seu 11.º restaurante e chegou ao centro de Lisboa.

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Para começar, um esclarecimento. O daTerra, cadeia de restaurantes que nasceu em Matosinhos em 2007 e que acaba de abrir o seu segundo restaurante em Lisboa, no Bairro Alto, apresenta-se como 100% vegetariano. Mas, na verdade, isto significa que é um espaço vegan – só não se identifica como tal, explica Filipe Pedroso, um dos sócios, porque “vegan é um estilo de vida” e o restaurante só assegura essa preocupação no que diz respeito à comida.

“Veganizámos há cerca de dois anos”, conta Filipe, na apresentação do novo espaço em Lisboa (o primeiro na capital nasceu no CascaisShopping). Para as muitas variedades de saladas e pratos quentes que mudam diariamente não foi difícil fazer a adaptação ao veganismo, o mais complicado foram as sobremesas, mas também aí o desafio acabou por ser superado e foram encontradas alternativas para todos os produtos de origem animal.

Existem também já sobremesas sem açúcar. “A ideia foi tentar dar a volta sem usar substitutos do açúcar, como o agave”, explica o responsável. “Na tarte de maçã, por exemplo, é possível fazê-lo apenas com a doçura da cozedura da maçã e com os frutos secos.”

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Quem entra no daTerra do Bairro Alto encontra em frente a mesa do buffet, do qual se pode servir as vezes que quiser, onde todos os pratos, quentes e frios, estão identificados com etiquetas que indicam quais são sem glúten, sem açúcar, crus ou ainda os totalmente biológicos – uma opção que a cadeia de restaurantes ainda não conseguiu alargar a toda a sua oferta.

“Começámos a ter algumas saladas ou pratos feitos de raiz que são totalmente bio. Já tivemos até um projecto em que tentámos cultivar os nossos próprios legumes, mas com o crescimento do mercado [a cadeia tem já 11 restaurantes] tornou-se difícil”, afirma Filipe. O maior problema no biológico é conseguir consistência no fornecimento “numa variedade de produtos e manter os preços finais para o consumidor”.

Mas, mesmo que ainda subsistam algumas dificuldades, Filipe reconhece uma mudança muito grande se compararmos o cenário de hoje com o que existia em Portugal quando o daTerra se lançou, há onze anos. “O mercado dos restaurantes vegetarianos praticamente não existia. Havia o nicho dos macrobióticos, mas era difícil encontrar um lugar desprovido da questão mais filosófica, que fosse apenas um sítio descomprometido onde se pudesse comer comida vegetariana. O daTerra nasce nessa linha.”

A comida foi sempre mediterrânica, com “propostas de cozinha internacional”, desde os caris, que “são incontornáveis”, aos crepes vietnamitas, passando pelos couscous ou pelo sushi ou ainda pela inspiração da comida do Médio Oriente, onde “predominam os vegetais”. A tendência, agora, vai ser a de aumentar a oferta nos tais nichos sem glúten, sem açúcar, ou raw, que têm tido uma procura cada vez maior.

Para saber o que há em cada dia, é aconselhável espreitar o menu que é disponibilizado no site semanalmente, com pratos como tofu com migas de grelos e frutos secos, abóbora com especiarias ao pesto de coco, folhados de brócolos e queijo creme ou polenta com ragu de cogumelos em vinho tinto.  

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O buffet de almoço, de segunda e sexta das 12h às 15h30, custa 8,50 euros e inclui sopas (a sopa daTerra não leva batata), entradas, saladas e pratos do dia à escolha. À noite e aos fins-de-semana, o buffet passa a custar 11,50 euros. Há ainda um buffet para crianças até aos dez anos, por 5,50 euros. Existe também a possibilidade de levar para casa uma box, com o valor de 4,50 euros no caso da pequena e 6,50 euros na média.

Na oferta de bebidas pode-se optar por sumos naturais (há sempre um sumo do dia), os sumos detox, os que são mais indicados para proteger o sistema imunitário (o Orange Julius, por exemplo, que inclui laranja, bebida de soja, baunilha e geleia de milho) e os smoothies.  

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