Chefes das urgências ameaçam demitir-se no Hospital da Estefânia

Bastonário dos médicos está a visitar serviço. Plano que previa contratação faseada de especialistas não está a ser cumprido.

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Nuno Ferreira Santos

O coordenador e os nove chefes de equipa do serviço de urgência do Hospital Dona Estefânia ameaçam demitir-se, revelou o bastonário dos médicos, Miguel Guimarães.

Em causa, segundo disse à rádio TSF, está o plano do conselho de administração que previa a contratação faseada de médicos especialistas “para suprir as graves carências de recursos humanos”, e que não está a ser cumprido. Os clínicos que saem não têm sido substituídos, o que tem originado “exaustão, desmotivação dos profissionais e milhares de horas de urgência realizadas para além da escala legal".

O bastonário está a visitar esta quarta-feira de manhã o serviço de urgência do único hospital exclusivamente pediátrico da região de Lisboa e vai reunir-se com o coordenador e com os nove chefes de equipa. Miguel Guimarães diz que a situação no Dona Estefânia é a terceira de elevada gravidade, em pouco tempo, em unidades que integram o Centro Hospitalar de Lisboa Central – logo a seguir ao Hospital de São José e à Maternidade Alfredo da Costa E pretende verificar no terreno "o que mudou e se terá havido alguma resolução para a degradação das condições assistenciais".

“A questão que está em cima da mesa é a demissão dos nove chefes de equipa e do coordenador. Estamos a falar de dez pessoas. Vamos lembrar mais uma vez ao primeiro-ministro que isto não são situações pontuais”, referiu o mesmo responsável.

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