Kubo: o robô que ensina miúdos a programar também aprendeu coisas novas

Os dinamarqueses da Kubo Robotics ganharam o pitch da Web Summit em 2016. Desde então venderam 5000 exemplares do robô que ensina miúdos a programar.

Não é todos os dias que se ganha um prémio em dinheiro. Nem é qualquer um que o rejeita. A startup Kubo Robotics fez ambas as coisas em 2016: foi a Lisboa ganhar o prémio do melhor pitch da Web Summit, mas depois rejeitou os 100 mil euros, porque o dinheiro chegaria sob a forma de investimento e os fundadores tinham outra estratégia para desenvolver a empresa.

Preferiram lançar uma campanha de crowdfunding e estabelecer parcerias locais em Odense, um "cluster da robótica" na Dinamarca, descreve Daniel Lindegaard, chefe de operações da empresa. A terra natal de Hans Christian Andersen, criador de famosas histórias infantis, continua a ter alguém preocupado com o ensino de crianças — para o robô criado pela Kubo, o importante é que se aprenda programação desde tenra idade.

A equipa alia o interesse comercial — "queremos ser a melhor solução" — com preocupações sociais: querem colocar o robô em escolas e bibliotecas públicas, para evitar que o Kubo se torne um produto para ricos e, dessa forma, contribua para uma sociedade mais desequilibrada. Desde a vitória em Lisboa, a empresa vendeu cinco mil exemplares do robô, lançou uma aplicação para telemóvel e tem vindo a adicionar novas funcionalidades ao Kubo, que também ensina música aos mais pequenos ou a escrever correctamente.

No rescaldo da Web Summit, lançámos a pergunta: o que aconteceu às startups que ganharam a competição que todos os anos é organizada pela Web Summit para distinguir o melhor pitch? Também já descobrimos que a Lifeina, vencedora em 2017, quer salvar corações.