Um em cada seis jovens vive em casas sobrelotadas

Um em cada seis jovens portugueses viviam em habitações sobrelotadas em 2017, número que coloca Portugal no 12º lugar entre os 28 países da União Europeia.

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Nelson Garrido

Um em cada seis jovens portugueses entre os 15 e os 29 anos vive em habitações demasiado cheias onde pode não existir uma divisão comum para os moradores, por exemplo. Os dados foram divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat num relatório sobre as condições de vida dos jovens da União Europeia (UE).

Em média, um em cada quatro jovens (27%) da UE vive em habitações com demasiados habitantes. Portugal está melhor do que a média europeia: 17% dos jovens vive em casas sobrelotadas, o que põe o país no 12.º lugar da lista dos 28 países da UE, à frente da Suécia, Dinamarca, Áustria e Itália.

Países como o Reino Unido, Alemanha, França e Finlândia registaram valores inferiores ao português, com taxas entre os 12 e os 13%.

Em 2017, a proporção de jovens entre os 15 e os 29 anos que residem na UE em agregados familiares sobrelotados aproximou-se dos 27%, quase 9 pontos percentuais acima da taxa de sobrelotação da população total (17,5%)

O Eurostat considera que os jovens vivem num agregado com demasiados habitantes se a residência não preencher requisitos como:

  • ter um quarto individual para cada casal que viva debaixo do mesmo tecto;
  • ter um quarto para cada jovem solteiro acima dos 18 anos;
  • ter um quarto para dois jovens do mesmo sexo entre os 12 e os 17 anos;
  • não haver uma divisão que seja comum a todos os moradores. 

Entre os Estados-membros da UE, a taxa variou consideravelmente. O país que registou a taxa mais baixa foi Malta, onde apenas 4% dos jovens entre os 15 e os 29 anos viviam em casas sobrelotadas em 2017, enquanto na Roménia, o país com a taxa mais alta, o valor chegou aos 65,1%. 

Um total de dez países registou uma taxa superior de sobrelotação superior à média da União Europeia. Na Eslováquia, Letónia, Polónia, Croácia, Hungria, Bulgária e Roménia, parte desse lote, mais de metade da população jovem vive em habitações sobrelotadas.

Das três faixas etárias analisadas — 15 aos 19 anos, 20 aos 24 anos e 25 aos 29 anos — é no grupo do meio que se verifica uma carência mais alta por uma habitação não sobrelotada, com uma taxa que foi 2,1 pontos percentuais maior do que a de todos os jovens.

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