Santos Silva defende que se deve lutar contra autoritarismos “de esquerda ou de direita"

O ministro dos Negócios Estrangeiros foi dizer aos socialistas que não podem “ser ambíguos” na sua luta contra “populismos, xenofobia e nacionalismos”.

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Santos Silva discursou no congresso do PES LUSA/MÁRIO CRUZ

O discurso foi curto e sem especificar se estava a falar de um alvo em concreto. Mas dias depois de ter recebido o presidente da China, Xi Jinping, e de ter na família socialista europeia líderes de três países acusados de violarem o estado de direito, o discurso de Augusto Santos Silva no congresso do PES foi no sentido de que os socialistas têm de “lutar contra autoritarismos, venham da esquerda ou da direita, da Europa” ou fora dela.

Perante os socialistas europeus que estão nesta sexta-feira e no sábado reunidos em Lisboa, o ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu que nesta altura “não podemos ser ambíguos para com regimes autoritários, venham da direita ou esquerda, sejam da Europa, América Latina, África ou asiáticos. Nós somos socialistas, por isso somos pelas democracias liberais. Temos de lutar contra toda a forma de regimes autoritários”, defendeu.

Como segunda consequência (do que é ser socialista europeu), Santos Silva diz que é preciso lutar contra a nova “ideologia liberal” e a “nova ortodoxia liberal”, seja na Europa ou fora dela.

A concluir um debate sobre comércio livre – onde defendeu que o comércio para ser livre tem de ser justo e regulado e não pode não cumprir alguns valores como direitos humanos ou ambientais – o governante apontou ainda uma terceira consequência para aqueles que querem ser socialistas europeus.

“Temos de compreender, todos nós, que xenofobia, populismo, anti-imigração não são compatíveis com valores socialistas e democráticos”, defendeu. E é preciso “dizê-lo alto e bom som, na nossa família e no nosso diálogo com outras famílias políticas”. “Não é legítimo que os socialistas democráticos sejam ambíguos no que tem de ser a sua luta básica contra populismos, xenofobia e nacionalismos”, afirmou por fim.

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