Deputado Carlos Pereira deixa comissão sobre rendas excessivas

O deputado do PS que chegou a ser indicado pelo Governo para administrador da ERSE deixou a comissão parlamentar de inquérito às rendas na energia.

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A ida de Carlos Pereira para a ERSE foi chumbada pelo Parlamento HOMEM DE GOUVEIA

A demissão da presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Electricidade, Maria das Mercês Borges, e a sua substituição por Emídio Guerreiro (ambos do PSD), não foi a única alteração na composição desta comissão.

Na representação socialista também houve mudanças. O deputado Carlos Pereira, que chegou a ser indicado pelo Governo para o cargo de administrador da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), deixou a comissão parlamentar de inquérito (CPI), como demonstra a lista de nomes exibida no portal da Assembleia da República.

O deputado Luís Moreira Testa vai agora assumir o cargo de vice-presidente da CPI e os parlamentares socialistas passarão a ser coordenados pelo deputado Hugo Costa.

A nomeação de Carlos Pereira, conhecida em Outubro, enquanto o ministro da Economia ainda era Manuel Caldeira Cabral, e o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, gerou bastante polémica e foi criticada tanto à esquerda do PS como à direita.

Depois de um parecer negativo (mas não vinculativo) à escolha de Carlos Pereira, que foi aprovado pela maioria dos deputados da comissão parlamentar de Economia (e que levou mesmo o deputado madeirense a mostrar-se indisponível para o cargo), o Governo recuou.

Na semana passada, o Ministério do Ambiente e da Transição Energética anunciou que o novo administrador da ERSE será um homem da casa, o actual director de tarifas e preços, Pedro Verdelho.

Os trabalhos desta CPI, que estiveram parados durante o processo de discussão e aprovação do Orçamento do Estado, vão ser retomados, em breve. Na próxima semana já estão agendadas três audições, mas uma das mais aguardadas está prevista para o dia 20 de Dezembro, a de Manuel Pinho, o ex-ministro da Economia, em funções quando os polémicos contratos CMEC da EDP entraram em vigor.

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