Pena suspensa para empregada acusada de furtar droga e notas falsas na Judiciária do Porto

A empregada de limpeza admitiu em tribunal ter sido pressionada por uma amiga para furtar as placas de haxixe e as notas falsas do Laboratório de Polícia Científica do Porto.

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Paulo Pimenta/ Arquivo

O Juízo Central Criminal do Porto condenou hoje a três anos de prisão, com pena suspensa, uma ex-empregada de limpeza da Polícia Judiciária do Porto que confessou ter furtado droga e notas falsas das próprias instalações policiais.

Outra arguida, uma amiga, foi também condenada a pena suspensa de três anos já que o tribunal deu como provado que as duas mulheres cometeram os crimes de peculato - a primeira como autora e a segunda como instigadora -, passagem de moeda falsa e tráfico de droga.

Um homem, igualmente arguido por alegado tráfico de droga, foi absolvido.

Em fase de produção de prova, a empregada de limpeza alegou ter sido pressionada a praticar os crimes pela amiga.

"É tudo verdade", disse a mulher, de 65 anos, num depoimento prestado em 2 de Outubro, acrescentando que "andava muito pressionada" pela amiga.

Tanto as notas falsas como as placas de haxixe foram furtadas do Laboratório de Polícia Científica, mas em anos distintos: 2015, no primeiro caso, e 2016, no segundo.

A investigação do processo permitiu apurar que, no caso da droga, a mulher, que não pertencia aos quadros da PJ e que acabou dispensada, vendeu-a à amiga que, por sua vez, a terá revendido a um genro, igualmente arguido.

Já as notas (umas de 20 euros e outras de dez, que se fossem verdadeiras totalizariam 270 euros) foram gastas em compras pela principal arguida e pela amiga, ambas acusadas por peculato, passagem de moeda falsa e tráfico de droga.

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