Ex-deputado desafia PSD a tomar posição sobre aeroporto do Montijo

Conselho Nacional desta noite deverá discutir cortes de verbas à JSD.

Aeroporto Humberto Delgado
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Aeroporto Humberto Delgado Rui Gaudencio
Base Aérea do Montijo
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Base Aérea do Montijo Nuno Ferreira Santos

O conselheiro nacional Luís Rodrigues entregou uma moção para ser discutida na reunião do Conselho Nacional do PSD desta terça-feira à noite, em Setúbal, em defesa da instalação do novo aeroporto no Montijo.

A moção defende que o “Governo, os deputados e os autarcas de todos os partidos têm a obrigação de encontrar um consenso alargado em torno da instalação do novo aeroporto complementar no Montijo”, que é uma solução para “resolver o grave problema do esgotamento da capacidade do actual aeroporto de Lisboa”. O ex-deputado aproveita, assim, a realização do conselho nacional no distrito a que pertence o Montijo para desafiar o PSD a tomar uma posição sobre a matéria.

No texto é ainda proposto que o PSD exija ao Governo que se “reúna rapidamente com todos os autarcas da região para articular, aperfeiçoar e melhorar a solução final, nomeadamente nas infra-estruturas de rodo/ferrofluviais que servirão a nova infra-estrutura aeroportuária”.

Esta noite os conselheiros nacionais vão discutir os cortes de verbas previstos para as estruturas autónomas como a JSD. Na agenda está ainda inscrita a aprovação do orçamento do partido para 2019 e há receios de que implique um corte de verbas para as distritais.

Outro dos pontos em cima da mesa tem a ver com a revisão dos estatutos do PSD, que se tem arrastado desde o congresso de Fevereiro, e que já deixou para trás as alterações mais significativas. Pelo menos para já. Dois dos autores, António Rodrigues, ex-deputado, e Paulo Colaço, membro do Conselho de Jurisdição Nacional, confirmaram ao PÚBLICO que vão levar propostas de alteração a esta reunião do Conselho Nacional, mesmo depois de lhes ter sido sugerido pelo secretário-geral que as remetessem para a comissão para uma reflexão sobre o partido e o sistema político, liderada pelo ex-líder da JSD Pedro Rodrigues, e que foi entretanto criada em Setembro passado.

Já Lina Lopes, membro da mesa do congresso, e defensora da criação da estrutura autónoma das Mulheres Sociais-Democratas, aceitou remeter a sua proposta para a comissão de Pedro Rodrigues.

O quarto autor era o próprio ex-líder da JSD, que também retirou as suas propostas, entre as quais estava a abertura do partido a simpatizantes, para as integrar na nova comissão.

Entre as alterações apresentadas por António Rodrigues está o pagamento preferencial das quotas em débito directo, a criação do provedor do militante e a realização de uma convenção nacional de reflexão sem natureza electiva. Resta saber se o Conselho Nacional vai apreciar as alterações ou se haverá uma proposta da direcção para serem adiadas mais uma vez ou para serem remetidas para a comissão de reflexão liderada por Pedro Rodrigues. Os resultados desse trabalho só serão discutidos em congresso extraordinário depois das legislativas.

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