Gastos de Lisboa e Porto com luzes de Natal aumentam mas não chegam aos valores pré-crise

Lisboa e Porto juntas gastam este ano mais de um milhão de euros nas tradicionais iluminações.

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FTX Fabio Teixeira

Lisboa e Porto já acenderam a sua iluminação de Natal. Na hora de pagar a factura é a capital que mais desembolsa: só este ano vão ser investidos 800 mil euros para decorar 42 ruas e praças da cidade. No Porto, por 210 mil euros, são 59 os arruamentos iluminados até ao Dia de Reis. Apesar de o número de ruas decoradas estar a aumentar desde 2012, a autarquia portuense ainda não conseguiu voltar a decorar todas as 82 ruas que enfeitou em 2009 (nem chegar ao investimento de 265 mil euros de então).

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Este ano, Lisboa acendeu as luzes uma semana mais cedo do que o Porto, que só inaugurou as luzes da quadra no primeiro dia de Dezembro. 

Os gastos na decoração das cidades nesta quadra são um reflexo da realidade económica. Nos anos de crise, as tradicionais decorações de Natal foram mais contidas nos gastos, num valor que atingiu mínimos em 2011. Nesse ano, Portugal pediu ajuda externa e Lisboa trocou as tradicionais iluminações por instalações artísticas em alguns pontos da cidade a assinalar a época. No ano anterior o investimento tinha chegado perto dos 850 mil euros.

Os números mostram uma tendência crescente nos gastos das duas maiores autarquias do país desde 2012, excepção feita ao corte feito pela câmara da capital no ano passado. Lisboa e Porto vão progressivamente conseguindo iluminar mais ruas e apostam no reforço dos programas de animação de Natal. Agradecem as empresas de iluminações, que têm cerca de metade da sua facturação concentrada nesta quadra.

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Já longe está a experiência levada a cabo em 2008 pela Câmara de Lisboa, que optou por ter patrocinadores para as luzes de Natal — uma “experiência péssima” que acabou por ser abandonada, como admitiu então o vereador José Sá Fernandes à agência Lusa. Longe também está a saga da “maior árvore de Natal da Europa”, que na primeira década deste século se dividiu entre Lisboa e Porto, e que chegou a atingir os 76 metros em 2007. A árvore de Natal gigante acabou por desaparecer no final da década com a chegada da crise e a falta de interesse dos patrocinadores.

Contas publicadas pelo Correio da Manhã mostram que, este ano, o investimento na época festiva deve ultrapassar os 5 milhões de euros nas principais cidades do país.

Há apenas uma capital de distrito a zeros: Portalegre. A cidade do Alto Alentejo prevê, à semelhança de anos anteriores, não gastar dinheiro no aluguer de iluminações para esta quadra festiva.

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