Uma Bola de Ouro para Modric e sem qualquer suspense

Médio croata superou Cristiano Ronaldo na votação e junta o galardão da revista France Football ao prémio da FIFA que já havia conquistado. Lionel Messi falhou o top-3 pela primeira vez desde 2006

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LUSA/YOAN VALAT

Depois do prémio The Best, atribuído pela FIFA, a Bola de Ouro. Luka Modric juntou os dois galardões, colocando um ponto final numa década de domínio da dupla Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, que vinham dividindo entre eles os prémios. Numa cerimónia que decorreu no Grand Palais, em Paris, o croata foi coroado como melhor futebolista de 2018, depois de em Setembro ter sido distinguido pela FIFA. O galardão atribuído pela revista francesa France Football também viajou para casa de Modric, que superou Cristiano Ronaldo e Antoine Griezmann na votação.

Havia 30 nomes na lista de nomeados à Bola de Ouro e o plano da France Football era ir anunciando a classificação, a partir das posições inferiores, ao longo da tarde. Mas o suspense foi quase inexistente: alguns jornais divulgaram antecipadamente que o vencedor seria Modric, e quando a meio da tarde surgiu uma imagem do que parecia ser a lista ordenada dos 30 futebolistas, a incerteza ficou definitivamente enterrada. O anúncio era feito a conta-gotas, e à medida que cada nome coincidia com a classificação da tal imagem, diminuíam as dúvidas.

“É um sentimento único, estou feliz, orgulhoso e honrado. É difícil colocar as emoções em palavras. Tenho de agradecer a todos os que me permitiram chegar aqui. Tenho de agradecer aos treinadores, a todos os que trabalham no Real Madrid, aos meus companheiros da selecção”, afirmou Modric quando foi oficialmente anunciado o prémio. Aos 33 anos, o croata superou Cristiano Ronaldo (que não marcou presença na cerimónia), segundo na votação, e Lionel Messi (também ausente da capital francesa), que a par do português vinha a dominar o prémio na última década. “Quando era miúdo, o meu sonho era jogar num grande clube e conquistar troféus. Consegui-o. É uma verdadeira honra para mim erguer a Bola de Ouro”, acrescentou Modric, confessando ser “incrível” suceder a Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, os vencedores das últimas dez edições do galardão: “Sucedo a dois futebolistas fenomenais.”

Modric é o 44.º futebolista, e o primeiro croata, a entrar para o grupo restrito de vencedores da Bola de Ouro, que cumpriu a 63.ª edição. O prémio reconhece a conquista da Liga dos Campeões ao serviço do Real Madrid, e também a presença da Croácia na final do Campeonato do Mundo 2018, na Rússia.

Modric teve direito a mensagens da presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarovic, que se distinguiu durante o Mundial pelo apoio entusiástico à selecção croata. E também dos seus pais: “Meu filho, sou o pai mais feliz e orgulhoso do mundo”, confessou Stipe Modric. Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, juntar-se-ia depois do futebolista no palco para lembrar a longa tradição dos “merengues” na conquista da Bola de Ouro.

O facto de Messi não ter ido além do quinto lugar na votação reflecte aquilo que se passou na gala da FIFA. O argentino não falhava o top-3 da Bola de Ouro desde 2006, tendo ficado atrás de Antoine Griezmann, terceiro, e Kylian Mbappé. Já o egípcio Mohamed Salah, terceiro mais votado nos prémios The Best, ficou-se pela sexta posição na Bola de Ouro. E Neymar ficou de fora do top-10 do prémio da France Football pela primeira vez desde 2012, quando ainda jogava no Brasil, com a camisola do Santos.

Courtois, no 14.º posto, foi o guarda-redes mais votado nesta edição da Bola de Ouro. Isco e Hugo Lloris foram os dois únicos entre os 30 finalistas que não receberam qualquer voto.

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