Israel ataca posições iranianas e do Hezbollah em Damasco e agudiza tensão

Novos ataques chegam após avião militar russo ter sido abatido, em Setembro, com 15 pessoas a bordo.

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Defesas antiaéreas em Damasco (Síria) em Abril de 2018 Reuters/STAFF

Israel atingiu posições a Sul de Damasco, de acordo com informações reveladas nesta sexta-feira, naquele que será o primeiro ataque desde que as defesas antiaéreas sírias foram renovadas após um avião militar russo ter sido abatido acidentalmente em Setembro.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, os ataques atingiram duas posições a Sul da capital síria, nomeadamente uma área que se acredita ser um depósito de armas iraniano. “As forças israelitas bombardearam durante uma hora”, disse o chefe do observatório, Rami Abdel Rahman, citado pela AFP.

Dois mísseis terão atingido, na noite de quinta-feira, depósitos de armas pertencentes às forças iranianas e ao movimento libanês Hezbollah, na região de Kisweh. “Parece que os israelitas tinham conhecimento de que tinham chegado lá armas recentemente”, acrescentou Rami Abdel Rahman. Um outro míssil terá atingido ainda a localidade de Harfa, onde existe uma base militar síria.

No entanto, a agência síria SANA garantiu que o ataque foi fracassado e que não provocou vítimas. Citando uma fonte militar, a agência afirmou que “as defesas antiaéreas sírias dispararam contra alvos hostis sobre a área de Kisweh e derrubaram-nos”.

Uma fonte militar citada pelo jornal sírio Al-Watan disse que “a agressão, apesar da intensidade, não conseguiu levar a cabo nenhum dos seus objectivos e todos os corpos inimigos foram abatidos”.

O exército israelita emitiu um comunicado onde, embora negue que os seus alvos tenham sido atingidos, não nega nem confirma os ataques. Afirma apenas que um míssil sírio (terra-ar) foi disparado na direcção das colinas de Golã (uma área ocupada por Israel) mas que não ficou claro se o míssil chegou a atingir território efectivamente ocupado por Israel.

Em Setembro, um avião militar russo com 15 pessoas a bordo foi abatido por defesas antiaéreas sírias mas Moscovo apontou o dedo a Israel como responsável pelo que considerou uma “provocação intencional”, o que levou a uma renovação do sistema de defesas antiaéreas sírias.

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